Parques de Sintra: Monumentos e paisagens que valorizam séculos de história

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7 jul 2023, 14:42
Parques de Sintra

“Marcas com história”. Mais de 25 milhões de pessoas visitaram na última década os espaços confiados à Parques de Sintra, cuja missão é tão singular quanto a beleza que a rodeia: que a passagem do tempo não apague a memória da nossa história.

“Marcas com História”, a série da CNN Portugal, conduzida por Marta Leite Castro, leva-nos a conhecer o património cultural e natural da emblemática vila de Sintra e a equipa que preserva séculos de história para que possam ser vividos através de experiências únicas.

Sintra é conhecida pela sua vegetação luxuriante e pelo seu imponente património histórico e arquitetónico. Foi por isso que a UNESCO a classificou como património da Humanidade na categoria de paisagem cultural e é esta conjugação que faz de Sintra e da sua serra um destino obrigatório. A Parques de Sintra, criada há 23 anos, assegura a sua essência e originalidade. Com três centenas de funcionários, do jardineiro ao historiador, do biólogo ao conservador, todos têm uma missão diária, a preservação do património da pitoresca vila Sintrense. Só na última década a empresa investiu cerca de 40 milhões de euros e ambiciona mais. Nos próximos três anos está previsto um investimento de mais 30 milhões de euros. Os resultados são incontornáveis e o modelo de gestão é único em Portugal e vencedor de vários prémios, assentando na sustentabilidade do próprio património.

Trata-se de uma empresa de capitais exclusivamente públicos que origina receitas próprias sem recurso ao orçamento do Estado. “Reunimos as entidades com principais responsabilidades, com uma missão muito particular, que é exatamente a de investigar este valioso património, requalificá-lo e devolvê-lo à fruição do público para que este o possa visita, arrecadando, uma vez mais, receita de modo a permitir a sua requalificação e manutenção. Regra geral, este tipo de monumento está sob a administração direta do Estado; aqui o Estado optou por um modelo inovador, pioneiro, de que somos um exemplo único em Portugal. Eu diria que conseguimos demonstrar que o património pode ser sustentável” afirma Sofia Cruz, Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra.

Não foi um acaso a Parques de Sintra ter sido considerada, ao longo dos últimos 10 anos, a melhor empresa do mundo em conservação pelo “World Travel Awards”. “É um grande motivo de orgulho, sermos a melhor empresa do mundo em conservação, mas é também uma enorme responsabilidade porque temos de ser inovadores; e é essa componente de inovação que a Parques Sintra tem incorporado nas equipas técnicas e que nos capacita para concorrer e apresentar novas metodologias, novas soluções e novas formas de melhorar o estado de conservação patrimonial”, explica João Sousa Rego, Diretor Técnico do Património Construído. 

A Parques de Sintra privilegia a preservação da história de cada recanto de uma área aproximada de mil e duzentos hectares, dividida entre jardins históricos, área florestal e património edificado secular.
“Acredito que o Património Cultural é um património que deve ser vivido, que não é estático e está em constante mutação. Prova disso é a requalificação que fazemos, ou seja, o património está sempre a ser melhorado e cada vez mais devemos procurar dar a cada público a experiência que procura” afirma Sofia Cruz, Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra.

Os polos sob gestão da Parques de Sintra, como o Parque e Palácio Nacional da Pena, o Jardim e Chalet da Condessa d' Edla, os Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz, o Jardim e Palácio de Monserrate, o Castelo dos Mouros e o Convento dos Capuchos, garantem uma viagem pela história, assim como experiências vividas no local, como assistir ao vivo as intervenções que erguem séculos e recuperam a originalidade dos monumentos. Cruzam-se no mesmo espaço restauradores e visitantes, e estes podem assistir ao vivo à transformação de locais como o Palácio Nacional da Pena. Exemplo disso, é o caso da Sala dos Veados destinada a banquetes, divisão comum nos castelos românticos germânicos, que evocava uma das atividades exclusivas da nobreza: a caça. “Esta sala estava toda pintada com uma cor única e nós fizemos sondagens parietais, o que significa abrir uma janela com um bisturi para retirar a última camada de tinta e perceber quais são as camadas anteriores”, explica João Sousa Rego, Diretor Técnico do Património Construído. Um trabalho que resulta do cruzamento de informação entre as várias equipas de intervenção. “É fundamental haver feedback da equipa de investigação em história da arte, e depois, em paralelo com a equipa que está a executar, tomamos todas as decisões com base no cruzamento da informação histórica com aquilo que é encontrado no local”, esclarece Carolina Carvalho, Conservadora-restauradora.

A manutenção é fundamental para garantir o bom estado de conservação e reduzir as intervenções de restauro intrusivas e por isso a Parques de Sintra, aposta numa estratégia de manutenção muito forte. “Nós temos o cuidado de garantir que num momento futuro, numa próxima geração, daqui a 100 anos, se houver um entendimento diferente do nosso, os processos podem ser revertidos e é perceptível o que foi feito e em que fase. E toda esta obra de conservação e restauro é documentada e arquivada para memória futura ", assegura João Sousa Rego, Diretor Técnico do Património Construído.

Guardião da Torre do relógio

Também os ponteiros do relógio construído para a Real Capela da Quinta do Ramalhão em 1830 e incorporado na torre do Palácio da Pena por D. Fernando II, voltaram a dar horas certas depois de décadas sem funcionamento, após a intervenção da Parques de Sintra e pelas mãos de Joaquim Diogo, encarregado da sua manutenção. Diariamente, sobe uma íngreme e estreita escada em caracol, que percorre os vários andares do mecanismo desta notável obra de engenharia mecânica, chegando ao topo da torre, ponto mais alto da Serra de Sintra e de onde se tem uma vista deslumbrante. “São quase 100 degraus e, quando chego lá acima, tenho de descansar; mas o importante é que a manutenção tem de ser bem feita” afirma o homem que se dedica a este monumento há 40 anos. “Antes vinha para aqui com o meu pai e por isso conheço os cantos todos à casa. Assisti a muitas obras e agora faço a visita diária ao relógio para ver se a hora está correta ".

Sintra: um refúgio da natureza

Espécies autóctones e exóticas dos vários continentes contribuem para a paisagem exuberante destes parques e jardins românticos.
O Jardim das Camélias é outra notável coleção botânica da Pena. Estas espécies, oriundas da China e do Japão, foram aqui introduzidas por D. Fernando II na década de 1840. Esta coleção de camélias é a mais importante do Parque da Pena, distinguida pela International Camellia Society em 2014 como Jardim de Camélias de Excelência. 

O restauro dos jardins históricos é um dos objetivos a que a Parques de Sintra se tem desafiado. “Em 2012, o Jardim Botânico de Queluz estava transformado em picadeiro de Arte Equestre e, por isso, tinha perdido a seu formalismo, a sua ambiência; e começámos a desenvolver o projeto de restauro para trazer de volta o seu desenho original, as estufas e até a coleção botânica. E todo este trabalho foi graças a uma intensa investigação histórica, reconhecida pelo prémio Europa Nostra na categoria Conservação, mas também 

com o prémio Escolha do Público; são dois prémios muito importantes para nós porque o reconhecimento técnico é reconhecido mas também há um reconhecimento por quem nos visita”, afirma Ana Sanches, Arquiteta paisagista da Direção Técnica do Património Natural.

Mas nem todo o trabalho é visível aos olhos do público, realça Sofia Cruz, Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra. 
“Nós também temos a gestão do perímetro florestal de Sintra e do Convento dos Capuchos, que são cerca de 700 hectares de floresta, e que é um trabalho menos visível para o público mas que é importante para garantir a manutenção da paisagem cultural no seu todo”. A Bióloga Inês Moreira contribui para o restauro do património natural, mas precisa de décadas para vê-lo crescer. “Quando se restaura o património construído, é um trabalho moroso mas que no fim tem logo um resultado visível. Quando se restaura um hectare de floresta, quando se retiram as plantas invasoras e se plantam as autóctones, só vemos resultados 20 a 40 anos depois; e portanto, estar cá há 20 anos permite-me ir vendo os resultados destas intervenções”.
 

Património inclusivo

A criação de novas experiências tem passado pelo desenvolvimento de ferramentas digitais, permitindo várias formas de descobrir Sintra através dos encantos das histórias por detrás de cada parque e palácio, até numa visita virtual.

A Parques Sintra aposta na inovação e também na inclusão, quebrando as barreiras físicas e permitindo que todos tenham acesso a descobrir os recantos e encantos desta serra e vila. “Com uma visita 360º é possível ver aquilo que, de outra forma, não seria possível, ou seja, garantimos que há sempre experiências e soluções inovadoras para redescobrir este património” explica Sofia Cruz, Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra.

85% dos visitantes são estrangeiros e apenas 15% nacionais, uma tendência que a empresa ambiciona mudar com uma programação cultural aliada a uma panóplia de experiências para que o visitante de proximidade tenha sempre vontade de voltar.
 

 

 

 

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