CEO da TAP: Marcelo "tem o direito de exigir consequências, mas temos de esperar pelo relatório" da IGF

Sofia Santana , atualizada às 17:11
2 mar 2023, 16:34
Christine Ourmières-Widener

Christine Ourmières-Widener falou aos jornalistas à margem de uma visita à Bolsa de Turismo, em Lisboa

A CEO da TAP Christine Ourmières-Widener afirmou que o Presidente da República "tem o direito de exigir consequências" de toda a polémica que envolveu a indemnização a Alexandra Reis, mas afirma que é necessário esperar pelo relatório da Inspeção-Geral de Finanças. Christine Ourmières-Widener falou aos jornalistas, esta quinta-feira, à margem de uma visita à Bolsa de Turismo, em Lisboa.

"O Presidente da República tem o direito de exigir consequências, mas temos de esperar pelas conclusões do relatório", sublinhou.

Christine Ourmières-Widener foi questionada sobre uma eventual demissão por causa da polémica indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis, mas fugiu à questão, reiterando que "não pode dar qualquer perspetiva pessoal sobre o caso".

O Presidente da República já abriu a porta a mais consequências em resultado da polémica, nomeadamente políticas, depois da demissão do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. Recorde-se que Alexandra Reis recebeu uma indemnização de 500 mil euros por sair antecipadamente, em fevereiro, de administradora executiva da transportadora aérea. Em junho, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV) e em 2 de dezembro tomou posse como secretária de Estado do Tesouro.

Na Bolsa de Turismo,Christine Ourmières-Widener garantiu que a companhia aérea "está ciente das suas responsabilidades e deveres" e que todos os documentos serão facultados para que sejam feitas averiguações. Na quarta-feira, soube-se que comissão de inquérito à TAP aprovou todos os requerimentos dos partidos com os documentos a pedir às diferentes entidades, tendo estas depois 10 dias para os enviar ao Parlamento. Assim que os documentos chegarem ao Parlamento, a comissão de inquérito passará ao requerimento das audições e respetiva calendarização.

O Ministério das Finanças explicou no domingo que a ação inspetiva da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre a indemnização paga a Alexandra Reis ainda está “em fase de contraditório” e só depois será elaborado um relatório final. “A ação inspetiva pela IGF ainda está em curso, encontrando-se em fase de contraditório. Só após esta fase será produzido um relatório final que será enviado ao Governo”, esclareceu o ministério de Fernando Medina em comunicado.

A CEO da TAP foi também questionada sobre a notícia divulgada pela TVI/CNN Portugal de que David Neeleman terá usado dinheiro da própria companhia aérea para financiar a entrada no capital e ter o controlo da empresa. A responsável limitou-se a notar que "o Ministério Público está a investigar".

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