Governo britânico critica apoio dos adeptos do Chelsea a Abramovich

14 mar 2022, 18:34
Adeptos do Chelsea apoiam Abramovich (AP Photo/Kirsty Wigglesworth)

Porta-voz de Boris Johnson considerou «inadequado» que o minuto de homenagem à Ucrânia não seja respeitado pelos fãs dos blues

O Governo britânico considerou que o apoio dos adeptos do Chelsea ao proprietário do clube, Roman Abramovich, nos momentos de homenagem à Ucrânia na Premier League é «completamente deslocado».

Em causa está o minuto que antecede os jogos da Liga inglesa, em que é prestada homenagem ao país invadido pela Rússia. Os adeptos dos blues não têm respeitado o momento, entoando o nome de Abramovich antes do apito inicial.

Apesar de Tuchel se ter demarcado do gesto dos adeptos, estes repetiram-no nos últimos jogos, entre os quais este domingo, diante do Newcastle.

«Estamos bem cientes da força dos sentimentos que cercam um clube popular, mas isso não justifica uma atitude totalmente inadequada no momento atual», afirmou um porta-voz do primeiro-ministro inglês Boris Johnson.

O representante disse ainda que «as pessoas podem mostrar a sua paixão e apoio sem recorrer a esse género de escolhas».

Abramovich comprou o clube em 2003, tendo conquistado um total de 19 troféus nacionais e internacionais. O dirigente russo afastou-se da direção do clube e iniciou um processo de venda do mesmo, que está agora congelado, mas fortaleceu o vínculo dos adeptos ao russo.

Note-se que o oligarca foi um dos visados pelas por sanções inglesas face à proximidade com o presidente russo Vlamidir Putin. O clube, de resto, está impedido de contratar ou vender jogadores e até de vender produtos de merchandising.

Os londrinos, que agora só podem socorrer-se às suas contas, têm despesas salariais mensais com jogadores que ascendem a 30 milhões de euros, pelo que o clube corre o sério risco de entrar em crise financeira a breve prazo.

O Governo britânico voltou a referir que não é contra a venda do clube, mas sublinha que a operação será «sujeita a condições».

«Estamos abertos a uma venda do clube. Estaríamos dispostos a estudar um pedido de alteração da licença (ao abrigo da qual o clube foi autorizado a continuar as suas atividades), que permitiria a sua realização, se as circunstâncias o permitirem», indicou o porta-voz, acrescentando que o Chelsea o clube ainda não fez qualquer pedido nesse sentido.

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