Chega responsabiliza "anfitriões" na Universidade Católica pelo "controlo do evento" em que jornalista do Expresso foi agredido

17 jan, 12:38
André Ventura na chegada à Convenção do Chega (Estela Silva/Lusa)

Expresso noticiou que um jornalista seu foi agredido num evento com o líder do Chega na Universidade Católica em Lisboa

O partido Chega nega "qualquer responsabilidade, quer na entrada do jornalista no evento, quer na sua expulsão, até porque, como convidado, não é da sua competência definir quem pode estar ou não presente". Em comunicado, o partido "lamenta a situação criada no evento" e "repudia, igualmente, qualquer tentativa de condicionamento ou limitação do direito à informação e intimidação de jornalistas".

"O Chega nega qualquer responsabilidade na organização do evento, bem como na definição das normas de acesso ao mesmo, quer de participantes, quer da comunicação social. Aquilo que foi comunicado aos jornalistas por parte da assessoria de imprensa do Chega foi que o presidente do partido falaria à comunicação social no início do evento. Foi isso mesmo que aconteceu, com o respetivo acompanhamento por parte da assessoria de imprensa do partido", refere o comunicado.

"A partir do momento em que o presidente do Chega e toda a sua comitiva entraram no anfiteatro para dar início à palestra, o controlo do evento ficou completamente nas mãos dos anfitriões, sendo os mesmos responsáveis pela acreditação dos presentes e pela definição das regras de quem podia e não podia assistir ao evento. Com efeito, o Chega nega qualquer responsabilidade, quer na entrada do jornalista no evento, quer na sua expulsão, até porque, como convidado, não é da sua competência definir quem pode estar ou não presente. O Chega saúda ainda eventos deste tipo, pelo pluralismo e importância para o debate livre de ideias e para a democracia", lê-se ainda na nota enviada às redações.

No artigo do Expresso que noticia o caso é relatado que o jornalista que foi agredido viu a sua entrada “autorizada por duas jovens junto à porta principal do auditório” e que “isso era do conhecimento prévio da assessoria de imprensa do Chega”.

Na terça-feira, a Universidade Católica repudiou qualquer tentativa de limitação do direito à informação e intimidação de jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas (SJ) condena a agressão, afirmando tratar-se de um crime público, "cometido à vista de muita gente, que tem de ser investigado e punido exemplarmente”.

O SJ repudiou o “atentado contra a liberdade de imprensa e contra a integridade física” de um jornalista em funções, lembrando que a agressão a estes profissionais é crime público desde 2018.

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