Eurodeputado e principal opositor de Francisco Rodrigues dos Santos acusa a atual direção de estar “agarrada ao poder”
Nuno Melo assegurou esta sexta-feira, 26 de novembro, que não vai abandonar o CDS-PP. “Não, era o que mais faltava. O CDS é o meu partido. É muito maior do que eu e do que o Francisco Rodrigues dos Santos”, afirmou em entrevista à CNN Portugal.
O eurodeputado é uma das ausências mais notadas no Conselho Nacional do CDS-PP que decorre esta noite. “Nâo faz nenhum sentido participar em simulacros”, reforçou, lembrando que o encontro “viola a lei e os regimentos” do partido.
O principal opositor de Francisco Rodrigues dos Santos à liderança dos centristas aproveitou ainda para lançar críticas ao presidente do Conselho Nacional do Partido: “A quem é da direção dá todo o tempo para falar. A quem não dá é dá dois minutos e desliga os microfones”.
“Esta direção está agarrada ao poder”, reforçou.
Antes do encontro, o atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, agradeceu o trabalho desenvolvido pelos deputados do partido mas salientou que a sua direção quer apostar num “novo friso de protagonistas que refresquem a representação” centrista no parlamento.
O centrista explicou que iria apresentar aos conselheiros o “compromisso eleitoral com 15 medidas-chave tendo em vista as eleições legislativas do próximo dia 30 de janeiro”.
O Conselho Nacional do CDS-PP - órgão máximo do partido entre congressos - reúne-se esta noite por videoconferência.
Da ordem de trabalhos constava a discussão e votação dos critérios de designação dos candidatos às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, a votação de uma eventual coligação com o PSD no círculo eleitoral da Madeira e ainda a discussão das linhas do programa eleitoral do CDS-PP.