«Muitos ambicionam a Champions, eu ambicionava um troféu pelo Sp. Braga»

David Marques , Estádio Cidade de Coimbra
24 mai 2021, 00:53

Taça: Sp. Braga-Benfica, 2-0 (reportagem)

Carlos Carvalhal, treinador do Sp. Braga, em declarações aos jornalistas após a final da Taça de Portugal com o Benfica:

«Mérito total dos jogadores pela época extraordinária que o Sp. Braga fez. Talvez a mais completa que fez, no seu centenário. Estivemos em duas finais e não foi tarefa fácil: tivemos de eliminar o FC Porto nas meias-finais a duas mãos e...»

[Conferência de imprensa interrompida pelos jogadores do Sp. Braga, que invadiram a sala de imprensa para celebrar com o treinador]

... uns minutos depois...

«A minha atisfação é muito grande: pelos jogadores, pelo staff, pelo presidente e pelos adeptos. É indissociável eu associar isto à minha infância: eu ia pela mão do meu pai e da minha mãe desde bebé para o Estádio 1.º de Maio. Lembro-me perfeitamente de brincar com três/quatro/cinco anos, comecei a perceber um pouco mais de futebol aos oito anos, a perceber o jogo e a desfrutar dos jgolos do Sp. Braga. A minha vida era ir aos jogos de 15 em 15 dias. Os meus amigos e a minha família são todos adeptos do clube. Sou da cidade, sou do Bairro da Misericórdia. É uma satisfação tremenda, é o meu clube e eu ambicionava desde sempre ganhar um troféu pelo meu clube. Muitos ambicionam ganhar uma Liga dos Campeões, uma Liga Europa: a minha grande ambição era ganhar um troféu pelo Sp. Braga. Estou eternamente grato aos meus jogadores por me terem ajudado a proporcionar este desejo.

Foi um dia complicado: eu contei-lhes o que aconteceu. Disse-lhes na preparação para o jogo que eu estava todo 'cagado'. Mas não tinha nada a ver com futebol. O meu pai foi operado hoje. No fundo, vivi um dia um bocado angustiante até o médico me mandar uma mensagem a dizer que estava no recobro e que estava tudo bem. Quando vou para a palestra, vou com uma satisfação tremenda: alegre, satisfeito e a relativizar as coisas. O futebol não é um jogo de vida ou de morte. Isso são questões de saúde da nossa família e dos nossos amigos. A mensagem passou bem e eles receberam-na muito bem.

Eu, filho da Mariazinha Carvalhal e do senhor Felisberto Carvalhal e irmão da Elsa Carvalhal, tenho, juntamente com os meus jogadores, o meu nome gravado a letras de ouro na história do Sp. Braga.»

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