Republicanos da Câmara dos Representantes rejeitam aliado de Trump pela terceira vez. Desta vez foi Jim Jordan

Agência Lusa , DCT, atualizada às 18:01
20 out 2023, 17:51
Jim Jordan (Getty Images)

Com o fracasso desta votação, mantém-se o impasse na Câmara dos Representantes

Os Republicanos da Câmara dos Representantes norte-americana voltaram esta sexta-feira, pela terceira vez consecutiva, a não eleger Jim Jordan, aliado do ex-presidente norte-americano Donald Trump e membro da ala mais conservadora do partido, como líder da câmara baixa do Congresso.

Com o fracasso desta votação, mantém-se o impasse na Câmara dos Representantes, que não pode aprovar novas resoluções ou projetos de lei até que um novo líder seja eleito.

Depois de já terem rejeitado Steve Scalise, os Republicanos mostram não ter qualquer plano viável para unir o partido na eleição um novo 'speaker' e para retomar os trabalhos do Congresso, praticamente paralisado desde que a ala conservadora depôs o colega Republicano Kevin McCarthy no início do mês.

Numa votação para líder da câmara baixa na terça-feira, 20 Republicanos opuseram-se à candidatura da Jordan. Esse número cresceu para 22 na quarta-feira e, hoje, foram 25 os congressistas Republicanos a rejeitar apoiar o aliado de Trump, que na quinta-feira manifestou confiança de que iria conseguir unir a base Republicana nesta terceira votação.

O líder temporário da Câmara, o Republicano Patrick T. McHenry, recebeu hoje cinco votos para se tornar o líder permanente. Nas duas primeiras rondas não havia obtido nenhum voto.

Os votos em McHenry ocorrem após discussões na quinta-feira para expandir os poderes temporários do líder interino, que foi designado por McCarthy após este ter sido destituído do cargo.

Já o líder dos Democratas na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, obteve 210 votos, enquanto Jordan obteve apenas 194.

Os conservadores têm a maioria naquela Câmara, com 221 assentos, e Jordan a precisava hoje de 214 votos para conquistar o cargo de “speaker”,

Vários Republicanos recusaram-se a apoiar Jordan por considerarem o congressista do Ohio demasiado extremista para a poderosa posição de presidente da Câmara dos Representantes.

Porém, apesar da rejeição, Jordan disse hoje, após a votação, que não irá recuar na sua candidatura.

A Câmara dos Representantes continua assim bloqueada numa momento em que os orçamentos para o atual ano fiscal ainda devem ser aprovados e quando o Presidente norte-americano, Joe Biden, acaba de pedir ao Congresso que aprove um pacote de mais de 100 mil milhões de dólares (94,4 mil milhões de euros) que inclui 14,3 mil milhões de dólares (13,5 mil milhões de euros) em ajuda para Israel e um novo pacote para a Ucrânia no valor de 61,4 mil milhões de dólares (58 mil milhões de euros).

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