Luís Castro: «Enganaram-me um bocado quando vim para o Botafogo»

15 out 2022, 16:23
Luís Castro (GettyImages)

Luís Castro recorda os primeiros tempos no clube brasileiro, quando nem conseguia dar um treino por causa de carros e helicópteros a passar

O percurso de Luís Castro no Botafogo tem sido crescente. O clube do Rio de Janeiro já tem a permanência praticamente conseguida e olha agora para a possibilidade de apuramento para as competições sul-americanas.

O treinador português ultrapassou alguns períodos de contestação e, agora, admite que foi um enganado no momento de assinar pelo Fogão.

«Enganaram-me um pouquinho. Havia um campo de treinos anexo. O Adriano [coordenador de futebol] acompanhou-me e disse: ‘Esse aqui é o nosso campo’. Eu disse: ‘Qual campo?’. Surpreendeu-me um pouco. Fomos até o espaço da Aeronáutica e passavam carros e helicópteros ao lado do campo e eu não ia conseguir a dar um treino», explicou em entrevista ao programa Seleção Sportv, no Brasil.

«Foi então que descobrimos o [Campo do] Lonier, só que estava muito abandonado... Hoje temos balneários e os campos de treino do Lonier estão bons. Muitas vezes as pessoas acham que os resultados são necessários para se construírem as coisas. Eu acho que as coisas são necessárias para construírem resultados», defendeu.

Luís Castro revelou ainda como foi a sua equipa técnica a convencê-lo a aceitar a proposta do Botafogo, que o deixou reticente desde o início.

«Eu falava com a minha equipa técnica e eles diziam: ‘Mister, o Botafogo é a nossa cara’. Eu dizia: ‘É um risco tão grande para nós. Eu prefiro jogar num clube que dispute títulos do que na reconstrução. Eu acho que é um risco grande porque as pessoas estão à espera de resultados e nós podemos não ter resultados’. Eles diziam: ‘Ao mesmo tempo era a nossa cara porque poderíamos construir academia, desenvolver treinos, programas de desenvolvimento para jogadores mais jovens, podemos reorganizar o futebol de baixo para cima’. Eu dizia: ‘Mas acho que nem sequer vamos ter campo para treinarmos'», recordou.

 

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