Boavisteiro entre dois lugares e duas ligas Prefere jogar no meio-campo, mas não escolhe lugar, crendo que a polivalência só o beneficia.
Bosingwa não se queixa do seu desempenho, mas queria mais do jogo com o Auxerre. «Apesar de me ter corrido bem, foi o meu primeiro jogo a titular», lembrou, quase recuando só de recordar as lesões nos dois ombros, que transformaram a fase final da época passada em algo de semelhante a um calvário, a uma provação para a qual ainda hoje não encontrou razão.
A lateral, numa adaptação, não lhe custou admitir que o jogo com os franceses lhe «correu bem». Mas a constatação não lhe arrancou um único sorriso. «Não ganhámos», observou. «A partir daí, a minha exibição não interessa». Recompõe-se do desfecho que quase atira o Boavista para fora da Liga dos Campeões e só detecta cura no desafio seguinte. «Temos que levantar a cabeça e pensar no próximo jogo», disse. «Vamos a Setúbal para ganhar».
Prefere o meio-campo, mas não se faz esquisito. «Jogo onde o mister bem entender», afirma Bosingwa, lembrando que a experiência não foi pioneira. «Já joguei a lateral e, até agora, a polivalência só me tem beneficiado». Não se vê ainda do lado de fora da Liga dos Campeões e, a propósito do campeonato, diz que «as outras equipas reforçaram-se bem», adivinha uma prova «competitiva como nos últimos anos» e jura que o Boavista tem por objectivo atingir um lugar de acesso às competições europeias.
