"Deixou a sua marca e não será esquecido": presidente do Parlamento Europeu recorda Berlusconi (1936-2023)

Agência Lusa , ARC
12 jun 2023, 12:35
Roberta Metsola

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, recordou o antigo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que morreu esta segunda-feira num hospital em Milão, como um "protagonista da política em Itália e na Europa", considerando que "deixou a sua marca".

"Silvio Berlusconi: o lutador que liderou o centro-direita e foi um protagonista da política em Itália e na Europa ao longo de gerações", escreveu Roberta Metsola, numa publicação na rede social Twitter.

Lembrando o antigo primeiro-ministro italiano como "pai, empresário, deputado europeu, primeiro-ministro e senador", a líder da assembleia europeia vincou ainda que Silvio Berlusconi "deixou a sua marca e não será esquecido".

Também através do Twitter, o comissário europeu para a Economia, o italiano Paolo Gentiloni, afirmou que "morre um líder que deixou uma marca profunda na Itália das últimas décadas".

"Para todos, hoje é um momento de condolências, de proximidade com a sua família e com a comunidade da Forza Italia", partido liderado por Berlusconi, concluiu o responsável europeu.

Silvio Berlusconi, de 86 anos, estava internado no Hospital San Raffaele desde sexta-feira, supostamente para fazer exames.

O líder do partido Forza Italia, magnata da comunicação social e antigo presidente do AC Milan tinha estado 45 dias no mesmo hospital até há três semanas, devido a uma pneumonia e uma leucemia.

A imprensa italiana noticiou que Berlusconi morreu depois de os cinco filhos e o irmão Paolo terem sido chamados ao hospital, onde se juntaram à sua companheira, Marta Fascina.

Apelidado de "o imortal" pela longevidade na política, Berlusconi governou a Itália durante nove anos, em três ocasiões entre 1994 e 2011.

Berlusconi foi uma figura polémica, magnata dos ‘media’, conservador e de direita e primeiro-ministro de Itália durante nove anos (1994-1995, 2001-2006, 2008-2011).

Foi alvo de acusações de corrupção e esteve no centro de escândalos sexuais que culminariam na sua expulsão do Senado italiano, em 2014.

Em 2022, o multimilionário regressou à ribalta política como senador e líder do partido que fundou, Força Itália, membro da coligação de direita e extrema-direita atualmente no poder, liderada pela primeira-ministra Giorgia Meloni.

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