Basileia-Benfica, 1-3 (crónica)

16 jul 2023, 17:13

Di María, um «muchacho» que faz sonhar

Foram milhares os adeptos que coloriram esta tarde o St. Jakob-Park esta tarde, para assistirem ao segundo teste de pré-época do Benfica. O adversário foi o Basileia e o desfecho o mesmo que se havia registado na passada quarta-feira, frente ao Southampton: vitória da águia, por 3-1.

Um triunfo construído essencialmente com uma bela primeira parte, na qual Roger Schmidt terá feito um primeiro ensaio para aquele que será o onze no primeiro jogo oficial da época, a Supertaça diante do FC Porto. E esse onze contou com três reforços, dois deles em estreia: Vlachodimos, Bah, António Silva, Morato e Jurásek; Florentino e Kökcü; Di María, Rafa e João Mário; Gonçalo Ramos.

Di María, um muchacho que faz sonhar

Desses onze que entraram em campo de início, o grande destaque foi mesmo Di María: de regresso à Luz 13 anos depois, o internacional argentino encantou – um muchacho que faz sonhar.

Di María partiu do lado direito do ataque, mas foi só isso. O jogador de 35 anos procurou, sempre que pôde, terrenos interiores, e fê-lo com sucesso.

Como por exemplo no 1-0, quando assistido por Bah, deu início à festa encarnada na partida, com um desvio de primeiro. Um golo onde Di María, lá está, apareceu no meio, e que surgiu num momento do jogo em que os comandados de Roger Schmidt mantêm a bitola da época passada: a pressão alta.

O FILME E A FICHA DE JOGO.

Apesar de estar a jogar frente a um adversário que leva mais tempo na preparação para a nova época, o Benfica foi dono e senhor do jogo. Na defesa, Morato foi chegando para as tímidas investidas do adversário. No meio, Kökcü também deu sequência aos bons pormenores que havia demonstrado diante do Southampton.

E na frente, Di María, lá está.

É que depois do golo, todo o ataque encarnado continuou a passar pelo pé esquerdo do argentino. Cinco minutos depois do 1-0, aliás, Di María desenhou o 2-0, da autoria de Ramos, quando respeitou o movimento de Rafa. Futebol simples, mas bonito e eficaz.

Di María sim, mas também Jurásek

Mas ainda havia outro reforço a dar nas vistas: Jurásek.

Defensivamente, o lateral checo demonstrou algumas debilidades, até próprias de quem chegou à equipa há poucos dias. Ofensivamente, no entanto, não foi nada tímido e juntou até um golo, um belo golo, à estreia. O passe? De Di María, claro.

Schmidt manteve a fórmula que já lhe conhecemos e mudou toda a equipa ao intervalo, com exceção do guarda-redes. O grande destaque foi mesmo a ausência de Petar Musa desse segundo onze: Vlachodimos, João Victor, Lucas Veríssimo, Tomás Araújo e Ristic; Chiquinho e João Neves; Schjelderup, Neres e Aursnes; Tengstedt.

Ristic e Schjelderup, dois sinais mais do Benfica 2.0

O futebol já não foi o mesmo, embora o Benfica tenha continuado a dominar todas as operações do encontro durante praticamente a totalidade dos 45 minutos.

Schjelderup voltou a mostrar-se ativo, Ristic também, sempre muito envolvido – e com qualidade – no ataque. Mas faltou algo mais a esta águia 2.0. Neres, o fantasista em campo, pouco apareceu, e mesmo Aursnes, sem jogar mal – até porque não o sabe fazer – teve menos preponderância do que o habitual.

Nada que beliscasse a vitória indiscutível dos encarnados, nem mesmo o golo sofrido a cerca de dez minutos dos 90, numa das poucas chegadas do Basel com perigo à área de Vlachodimos.

O Benfica versão 2023/24 segue agora para o Algarve, onde vai ter mais dois jogos de carácter particular. O caminho é longo, mas os primeiros sinais são positivos. E fazem sonhar.

Relacionados

Benfica

Mais Benfica

Patrocinados