Episódio que visou camião de assistência à piloto italiana Camélia Liparoti, em Jidá, na véspera do início da prova
Investigadores franceses suspeitam que o último Rali Dakar, realizado no início de 2022 na Arábia Saudita, foi alvo de uma segunda explosão criminosa, esta visando um camião de assistência à piloto italiana Camélia Liparoti, de 53 anos.
Uma fonte ligada ao processo confirmou à agência France-Presse que «a origem acidental dos factos ocorridos parece estar excluída, pelo que a consequência lógica passa pela denúncia formal às autoridades italianas».
A RMC Sport e a BFMTV adiantam que a explosão no camião de assistência a Camélia Liparoti (X-Raid Yamaha), na noite de 31 de dezembro, na saída de Jidá, na véspera do início da corrida, «não foi de origem acidental».
A conclusão, de acordo com os dois meios de comunicação, surge após os serviços especializados franceses terem realizado discretamente, nas últimas semanas, investigações aos destroços do veículo italiano da equipa X-Raid Yamaha.
A 30 de dezembro, o piloto francês Philippe Boutron ficou gravemente ferido pela explosão do seu carro em Jidá, num incidente que as autoridades sauditas descartaram ter sido criminoso e rotularam de «acidente».
Dias depois, o copiloto de Phillipe Boutron, Mayeul Barbet, afirmou não ter dúvidas de que a explosão que feriu o piloto francês, dois dias antes do início do Dakar, na Arábia Saudita, teve mão criminosa.
Uma investigação foi aberta em França pela Procuradoria Nacional Antiterrorista, no início de fevereiro, que aponta que a única explicação possível para a origem da explosão no veículo era a instalação de um «dispositivo explosivo».
Em relação ao incidente com o camião de assistência de Liparoti, a Procuradoria Nacional Antiterrorista francesa indicou que «não abriu uma investigação sobre esses factos por se tratar de um piloto de nacionalidade italiana e o incidente ter ocorrido num país estrangeiro».
