AO MINUTO: Richard Quest, Mário Centeno e Carlos Moedas foram as estrelas da tarde na CNN Portugal International Summit
O que está a acontecer
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Costa falou da UE e pediu uma reestruturação profunda. Discurso foi “claramente uma mensagem” para a Europa e uma possível forma de “desenvolver a sua filosofia a nível europeu”
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Richard Quest: "As alterações climáticas são a notícia mais importante" que devemos cobrir
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Richard Quest: "Se eu vos dissesse que ia haver uma guerra na Europa, vocês não iam acreditar"
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Fernando Medina tem um objetivo como ministro das Finanças: que a dívida pública passe a ser um ativo para a economia portuguesa
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“Não li o livro, não o vou ler, nem quero comentar”. Medina reage ao livro “O Governador”
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António Lagartixo: "Vamos ter menos capacidade para participar em mercados internacionais"
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Paulo Portas: Putin atacou a Ucrânia porque "sabia que a Europa não tinha capacidade de defesa para lhe fazer frente"
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Roberta Metsola: "Tenho orgulho na sólida resposta da UE à guerra gratuita e injustificada de Putin"
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Bob Woodward fala sobre as novas ameaças às democracias e a luta contra o totalitarismo
- Bob Woodward: "Há muitas pessoas que são leais ao seu líder. Que é Trump"
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António Costa: “O mundo cresceu e a Europa não acompanhou o crescimento do mundo”
Discurso de António Costa na CNN Summit na íntegra
António Costa abriu a CNN Summit, com um discurso sobre onde falou sobre o Jornalismo, as Alterações Climáticas, da guerra na Ucrânia e alguns dos principais desafios que a União Europeia tem pela frente.
Siga ao minuto:
"Quando esta crise acabar, Portugal e o Reino Unido vão estar mais resilientes". O discurso de Boris Johnson no aniversário da CNN Portugal
Boris Johnson discursou no aniversário da CNN Portugal, numa intervenção em que lembrou os longos anos de aliança entre Portugal e o Reino Unido e sublinhou a necessidade do reforço no apoio da Ucrânia.
“Os ucranianos devem, podem e vão ganhar”, diz Boris Johnson
O antigo primeiro-ministro do Reino Unido afirmou que a Ucrânia vai sair vencedora da guerra contra a Rússia, defendendo que o presidente russo, Vladimir Putin, está numa guerra pessoal motivada pelo seu ego.
Convidado para a comemoração do primeiro ano da CNN Portugal, Boris Johnson referiu que todos sentiram que Vladimir Putin não era fiável, ao mesmo tempo que destacou a coragem do povo ucraniano, que desde 24 de fevereiro está numa guerra.
“Putin já matou mais soldados russos [na Ucrânia] do que nos dez anos de ocupação do Afeganistão”, acrescentou.
As imagens da CNN Portugal Internacional Summit
"Uma nova ordem mundial". O pitch de Richard Quest na International Summit (íntegra)
Durante a sua intervenção na CNN Portugal International Summit, o jornalista da CNN Richard Quest reflete sobre o aparecimento e a fugacidade de uma nova ordem económica.
Para além disso, garante que as alterações climáticas são a notícia mais importante a receber cobertura, ainda que considere que 2023 irá ser um ano muito dificil económicamente
CEO da Media Capital deixa palavras de agradecimento: "Queremos que isto volte a acontecer"
O CEO da Media Capital, Pedro Morais Leitão, começou por dizer que esta CNN Portugal Summit International "é o pronúncio das muitas conferêcnias que queremos fazer (...) queremos muito que isto volte a acontecer e por isso pedimos o apoio dos privados".
O empresário lembrou algumas das frases que marcaram este evento, entre elas, uma da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola: "Dizia-nos que tomámos o jornalismo independente como garantido e não o é. E a CNN Portugal está aqui para isso".
Carlos Moedas: "Transição energética tem de ser feita com a economia e não contra a economia"
O presidente da Câmara de Lisboa defendeu que a transição energética é importante, mas tem de ser entendida pelas pessoas.
"O importante na transição energética é que as pessoas o sintam no seu bolso. Como os mais jovens e os idosos não pagarem transportes públicos. Isto ajuda na transição energética e as pessoas entendem e sentem no seu bolso."
A transição energética, defendeu Carlos Moedas, "tem de ser feita com a economia e não contra a economia".
Carlos Moedas: "Os países estão fracos e por isso as cidades são a parte forte de construção do futuro"
O atual presidente da Câmara de Lisboa, no discurso de encerramento na CNN Portugal Summit International, afirmou que "os países estão fracos e por isso as cidades são a parte forte de construção do futuro.
"Temos de olhar paras cidades e perceber como podem complementar o Estado."
Numa palavra dirigida a Mário Centeno, atual governador do Bando de Portugal, disse que "as pessoas estão fartas de pagar impostos". Foi por isso que, na cidade de Lisboa, reduziu o IRS: "para dar um sinal às pessoas".
Carlos Moedas: "Para perceber o presente temos que olhar para a Europa e a sua história"
"Para percebermos o presente, temos que olhar para a Europa e a sua história. Essa narrativa estabelecida sobre a Europa, é que os estados-membros escolheram aliar-se após a segunda grande guerra" disse Carlos Moedas no discurso de encerramento da CNN Portugal Summit.
No entanto, o autarca da Câmara Municipal de Lisboa garante que "isso não é verdade, é um mito estabelecido. Temos de olhar para a história e não para o mito da Europa. A história da Europa é uma história imperialista falhada”.
"A integração europeia foi uma compensação da perda do império e em Portugal e Espanha foi igual", garante.
Mário Centeno "Eu nunca me senti pressionado para fazer nada daquilo que são as minhas obrigações (...) e nunca pressionei ninguém"
A propósito das polémicas do livro 'O Governador', no qual Carlos Costa, antigo governador do Banco de Portugal, disse que tinha sofrido pressões por parte de António Costa no caso do Banif, Mário Centeno quis esclarecer vários pontos.
"Eu nunca me senti pressionado para fazer nada daquilo que são as minhas obrigações. Nem enquanto ministro das Finanças, nem enquanto governador. Eu nunca pressionei ninguém, mesmo quando estou no exercício das minhas funções", afirmou.
Questionado sobre se leu o livro todo, o atual governador do Banco de Portugal disse que só leu o capítulo que lhe dizia respeito.
"Não li o livro todo. Li o livro em torno da palavra Centeno. Encontrei coisas desapontantes, mas não quero falar sobre isso. Tinha outra ideia de como se conta a verdade."
Carlos Costa também acusa, nesta mesma obra, Mário Centeno, na altura ministro das Finanças, de pressão psicológica. Na resposta a Anselmo Crespo: "Olhou cinco segundos para a minha cara, não viu nenhuma pressão psicológica, pois não?"
Richard Quest: "Presumo que grande parte da Europa já esteja em recessão. Apenas ainda não sabemos os números"
O jornalista da CNN Richard Quest analisa quais serão os assuntos que terão mais relevância durante os próximos doze meses, durante o seu discurso na CNN Portugal International Summit.
"Uma nova ordem mundial". O pitch de Richard Quest na International Summit (íntegra)
Durante a sua intervenção na CNN Portugal International Summit, o jornalista da CNN Richard Quest reflete sobre o aparecimento e a fugacidade de uma nova ordem económica.
A independência do banco central está em causa? "Estou certo que não
A independência do banco central está em causa? "Estou certo que não. É uma conquista quase civilizacional. Essa independência diz respeito exclusivamente às decisões de política monetária".
Mário Centeno: "As decisões sobre preços têm de ser avaliadas corretamente, porque têm efeito na economia e no Banco Central Europeu"
O governador do Banco de Portugal deixou em apelo aos empresários no que toca à coordenação. Para Mário Centeno é fundamental pensar-se nas consequências que as decisões empresariais vão ter na cadeia economómica.
"Eu estou em crer que, atendendo aos níveis de inflação que temos hoje, os preços internacionais têm previsões de queda para o próximo ano. Alguns até já estão a cair este ano. (...) As decisões sobre preços têm de ser avaliadas corretamente, porque têm efeito na economia e no Banco Central Europeu."
Mário Centeno alertou para uma melhor coordenação entre "o Conselho Económico e Social, pelo diálogo social e por Bruxelas. Uma coordenação das políticas orçamentais, para não haver corridas para o fundo (...) a mesma coisa do lado das empresas e eu acho que o Banco Central Europeu tem aqui um papel muito importante".
Anselmo Crespo lembrou que a previsão do Governo de crescimento da economia é de 1,3% e o governador disse que o "investimento é a pedra chave" para atingir esse valor ou quiçá melhorá-lo.
O orçamento de Fernando Medina podia ser o seu? "Bom, é o orçamento do Partido Socialista", diz Centeno
Anselmo Crespo questinou o governador do Banco de Portugal se o Orçamento do Estado para 2023, apresentado por Fernando Medina, poderia ser o seu orçamento. A resposta não foi nem de sim, nem de não: "Bom, é o orçamento do Partido Socialista", disse Mário Centeno.
Mário Centeno: "A taxa de juro é o instrumento preferencial do combate à inflação", mas há limites
O governador do Banco de Portugal disse que "a taxa de juro é o instrumento preferencial do combate à inflação", mas, ainda assim, tudo tem um limite e temos de nos preparar para "usar outros instrumentos".
"Temos de nos preparar para tomar decisões no futuro", acrescentou.
Mário Centeno referiu que estamos numa fase de "pleno emprego" e "as nossas economias continuam a mostrar capacidade de gerar emprego. Os salários nunca foram tão altos em Portugal, a nossa capacidade produtiva está a crescer muito".
"Em pleno emprego, só há um objetivo que podemos atingir: a redução da dívida", afirmou, acrescentando que política orçamental deve serguir esse sentido.
Mário Centeno: "A inflação está a gastar as almofadas que conseguimos no período pré-covid. Mas estas almofadas não duram sempre"
O governador do Banco de Portugal esclareceu que não temos de seguir o exemplo dos Estados Unidos em tudo e exemplo disso é a "política monetária" europeia.
"A nossa política monetária é ajustada para a área do euro. (...) E sempre que há uma crise na Europa, é uma crise existencial, mas desta vez o euro valorizou", afirmou.
Mário Centeno disse ainda que a Europa "está a fazer bem o que está a fazer", quer no choque orçamental, quer ao nível do mercado de trabalho.
"Nós não estamos, nem ninguém prevê, uma deterioração do mercado de trabalho. O risco que corremos hoje é muito parecido com o que tínhamos em fevereiro e para o qual alertei. (...) A inflação está a gastar as almofadas que conseguimos no período pré-covid. Mas estas almofadas não duram sempre e é aqui que o risco aparece. Temos mesmo que inverter esta tendência de crescimento da inflação."
Mário Centeno: "Os tempos que enfrentamos são desafiantes. (...) nós temos um conjunto de choques"
Uma das maiores críticas ao Banco Central Europeu (BCE) é a forma repentina com que as taxas de juro têm subido. Numa entrevista conduzida pelo jornalista Anselmo Crespo, o governador do Banco de Portugal considera que a economia europeia está ser alvo de vários "choques".
"Os tempos que enfrentamos são de facto desafiantes. (...) Nós temos um conjunto de choques: temos a recuperação do covid, a incerteza da recuperação da China, são tudo choques de oferta. Ou seja, não conseguimos produzir face áquilo que produzíamos antes."
Mário Centeno explicou que na Europa existe "um conjunto de políticas económicas, monetárias e orçamentais mais equilibrado do mundo" que fez com que a inflação não tivesse um impacto tão estrondoso como tem tido, por exemplo, nos Estados Unidos.
"Nós não podemos deixar que a inflação fique instalada nos nossos dias. Ao contrário dos Estados Unidos, quando olhamos para os nossos indicadores, isso não está a accontecer."
Recorde-se que o tema desta entrevista é "Política Fiscal e Política Monetária".
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Quem usa TikTok? "Vocês têm um problema". A pergunta de Richard Quest
Richard Quest questionou a plateia sobre quem usava ou não a rede social TikTok e quando tinha sido a última vez que lá tinham entrado. A conclusão não podia ter sido mais clara: os empresários não usam, os jovens estudantes tinham lá estado há horas.
"Vocês [os empresários] são quem tem o dinheiro e investe. Eles são os consumidores e consomem coisas que vocês não percebem o que é, o que significa que vocês têm um problema", disse.
O jornalista da CNN Internacional disse que é preciso "entender quem usa as redes sociais, como o TikTok e o Facebook (...) perceber a importância e a responsabilidade dessas plataformas".
Richard Quest disse ainda que chegou a ter ações no Twitter e que as vendeu porque estava a perder dinheiro.
Richard Quest: "As alterações climáticas são a notícia mais importante" que devemos cobrir
Richard Quest defendeu que as alterações climáticas são a notícia mais importante que deve ser coberta.
No entanto, o jornalista criticou o funcionamento das cimeiras climáticas, nomeadamente, a última COP27.
Reagindo aos resultados da última cimeira climática, Richard Quest explicou que neste tipo de eventos, “as pessoas reúnem-se, definem um prazo, adiam o prazo, reúnem-se novamente e tentam chegar a acordo e, eventualmente, chega-se a um acordo que não satisfaz” plenamente nenhuma das partes envolvidas.