GUERRA AO MINUTO | Telefone vermelho de volta? EUA e Rússia falam ao mais alto nível para pedir comunicação aberta
O que está a acontecer
-
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu esta terça-feira mandados de captura internacionais para o ex-ministro russo da Defesa e para o chefe de gabinete por terem atacado alvos civis na Ucrânia
-
Negociações para a adesão da Ucrânia e da Moldova à União Europeia começam hoje. Zelensky vai discursar
-
Putin enviou soldados para a Ucrânia mas esqueceu-se de uma maldição que existe em plena Rússia: o islamismo extremista
-
Stoltenberg espera que cimeira obtenha acordo de longo prazo para a Ucrânia
-
Entrega de 1.400 milhões de euros de lucros de bens russos congelados aceite por ministros da UE
-
Zelensky ordena a purga da Guarda do Estado devido a alegações de planos de assassinato
-
Ucrânia ataca Crimeia com mísseis americanos - banhistas russos atingidos por fragmentos de ATACMS. Pelo menos cinco pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas
-
A União Europeia aprovou o 14º pacote de sanções contra a Rússia e, mesmo sem a Hungria, deu luz verde ao uso de 1,4 mil milhões de euros de lucros provenientes de ativos russos congelados
-
Coreia do Sul, Japão e EUA condenam pacto entre Pyongyang e Moscovo. Imprensa chinesa diz que preocupação - sobretudo europeia - é infundada
-
Mais de 200 comunidades de minorias étnicas vivem na Rússia, que se estende por onze fusos horários e alberga cerca de 144 milhões de pessoas. Algumas destas comunidades foram especialmente atingidas pela guerra de Putin na Ucrânia, tendo as minorias étnicas sido desproporcionadamente mobilizadas para enfrentar o horror das táticas de Moscovo na frente de batalha
-
O Comité Antiterrorista da Rússia (NAK, na sigla em russo) disse ter terminado a operação para pôr fim aos ataques armados que causaram 20 mortos na região do Daguestão
-
Ataque de mísseis russos na região de Kiev faz dois feridos e danifica casas
-
Zelensky diz que a Rússia já usou 2.400 bombas guiadas contra a Ucrânia só este mês
Fotojornalista russo morre em ataque com drones ucranianos
O fotojornalista Nikita Tsitsagi, que trabalhava para o site de notícias russo News.ru, morreu na sequência de um ataque com drones ucranianos no Donbass, informou o site de notícias.
“O nosso correspondente Nikita Tsitsagi foi morto num ataque de drones pelas forças armadas ucranianas. (…) Oferecemos as nossas mais profundas condolências à família e amigos de Nikita”, escreveu o site.
O ataque teve lugar na zona do mosteiro de São Nicolau, perto de Vugledar, uma cidade que há já vários meses tem sido palco de intensos combates.
A morte deste jornalista russo acontece depois de, na quinta-feira, um jornalista da televisão estatal russa ter sido morto e um outro ter ficado ferido num ataque com um drone ucraniano em Golmivsky, uma aldeia controlada pela Rússia perto das linhas da frente no leste da região de Donetsk.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo acusou a Ucrânia de visar deliberadamente os jornalistas.
Siga ao minuto:
Autoridades russas punem críticos do governo e negam-lhes contacto com família
A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje que as autoridades russas têm privado os críticos e dissidentes do Governo, detidos arbitrariamente, do contacto com as respetivas famílias e amigos.
Mandados emitidos pelo TPI? "Putin já provou que é fácil de driblar e de contornar"
Tiago André Lopes analisa os mandados de captura emitidos esta terça-feira pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) para o ex-ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, e para o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov.
"A Rússia começa a dar indicações de que quer viver numa ordem internacional sem regras"
O tenente-general Marco Serronha analisa a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu esta terça-feira mandados de captura para o ex-ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, e para o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov.
Rússia mantém pressão na frente leste enquanto Kiev aguarda ajuda militar
Os fortes ataques russos às posições ucranianas que defendem a estratégica cidade de Chasiv Yar, na frente leste, estão a perturbar a rotação de tropas e a entrega de alguns equipamentos, de acordo com militares na região.
Ataque à Crimeia: "A retaliação, a existir, seria um ataque híbrido aos norte-americanos e não diretamente à Ucrânia"
Diana Soller analisa os mais recentes desenvolvimentos da guerra na Ucrânia, nomeadamente as ameaças por parte de Moscovo depois de um ataque ucraniano à Crimeia com mísseis ucranianos.
Retaliação ao ataque na Crimeia: "A Rússia está num dilema. Putin pode ficar numa situação difícil em Moscovo e em Washington"
Carlos Branco analisa a reação de Moscovo ao ataque das forças ucranianas contra a Crimeia com recurso a mísseis norte-americanos. Não se sabendo, para já, qual será a reação da Rússia, o que é certo, para o comentador, é que Putin "está num dilema".
"Em Donetsk a situação está bastante complicada": Ucrânia prepara-se para noite de ataques russos
Sérgio Furtado, enviado especial à Ucrânia, faz o ponto da situação em Kiev, onde se espera um ataque das forças russas nas próximas horas, tendo em conta as movimentações do lado de Moscovo, sobretudo ao nível da aviação tática.
Telefone vermelho de volta? EUA e Rússia falam ao mais alto nível para pedir comunicação aberta
O secretário de Defesa dos Estados Unidos falou ao telemóvel com o ministro da Defesa dos Estados Unidos, a quem disse que era importante estabelecer linhas de comunicação abertas.
A conversa entre Lloyd Austin e Andrei Belousov foi confirmada pelo porta-voz do pentágono, o major-general da Força Aérea Patrick Ryder, que disse aos jornalistas que foi a parte norte-americana a iniciar a conversação.
Esta foi, de resto, a primeira conversa entre Austin e o seu homólogo (Belousov entrou recentemente no cargo, substuindo Shoigu) desde março de 2023.
Um cenário que parece fazer querer voltar o célebre telefone vermelho, quando a então União Soviética e os Estados Unidos tinham uma linha de comunicação aberta.
Montenegro "repudia fortemente" censura russa a jornais europeus, incluindo portugueses
O Governo português "repudia fortemente" a decisão russa de proibir o acesso a mais de 80 meios de comunicação social, entre os quais quatro portugueses, vincou o primeiro-ministro há instantes, na sua conta oficial da rede social X.
Portugal repudia fortemente a decisão da Federação Russa de proibir o acesso digital a 81 meios de comunicação social europeus, entre os quais 4 portugueses: @rtppt, @expresso, @Publico e @observadorpt. Em defesa da liberdade de expressão, a nossa solidariedade com o jornalismo…
— Luís Montenegro (@LMontenegropm) June 25, 2024
Rússia e Ucrânia trocam 90 prisioneios
A Rússia e a Ucrânia trocaram 90 prisioneiros de guerra, avançou o Ministério da Defesa russo esta terça-feira, escreve a agência Reuters. 90 soldados russo voltaram ao seu país e o mesmo aconteceu no sentido inverso.
O ministério da Defesa russo divulgou a informação numa publicação no Telegram. Explicou ainda que esta troca de prisioneiros contou com a ajuda dos Emirados Árabes Unidos como intermediários.
“Na sequência de um processo de negociação, 90 militares russos que se encontravam em perigo de morte em cativeiro foram repatriados do território controlado pelo regime de Kiev”, indicou o Ministério da Defesa.
Os prisioneiros russos libertados iam ser levados de avião para Moscovo onde seriam submetidos a exames médicos.
Bruxelas e Kiev iniciam negociações sobre adesão à UE
A primeira Conferência Intergovernamental a nível ministerial para abrir negociações de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) foi hoje realizada, anunciou hoje o Conselho Europeu em comunicado.
PM da Moldova aponta início de negociações com a UE como dia histórico
A União Europeia (UE) lançou hoje oficialmente conversações de adesão com a Moldova, um dia que o primeiro-ministro de Chinisau descreveu como histórico para um país que a Rússia ainda vê como pertencente à sua esfera de influência.
As conversações da Moldova com o bloco de 27 países foram iniciadas numa conferência intergovernamental no Luxemburgo.
Ao chegar ao local, o primeiro-ministro moldavo, Dorin Recean, descreveu o acontecimento como “um dia histórico para a Moldova em tempos historicamente significativos para a Europa”.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022, a vizinha Moldova tem enfrentado várias crises que por vezes suscitaram receios de que o país também possa estar na mira de Moscovo.
“Estamos muito afetados pela guerra brutal da Rússia na Ucrânia, e estamos a ajudar-nos uns aos outros nas questões de segurança, mas também na adesão à Europa e continuaremos a fazê-lo”, disse Recean aos jornalistas, poucas horas depois do lançamento das negociações de adesão.
A UE iniciou hoje também negociações de adesão com a Ucrânia na terça-feira, uma década depois de as tropas russas terem tomado a Península da Crimeia para dissuadir Kiev de se aproximar do Ocidente, parte de uma cadeia de acontecimentos que colocou os dois vizinhos no caminho da guerra.
Homem detido por tortura a soldado em Dnipro
A polícia ucraniana anunciou a detenção de um homem envolvido na alegada tortura de um soldado na região de Dnipro.
Através da rede social Telegram a polícia nacional referiu que Dmytro Yavornytskyi foi alvo de um ataque por parte de um grupo de homens com balaclavas e fardas camufladas.
Algemaram-no e agrediram-no, mas o grupo foi, entretanto, identificado, o que permitiu a detenção deste membro.
O procurador da região de Dnipro já anunciou a abertura de um caso criminal contra o grupo por crimes como tortura e sequestro.
Rússia avisa Ocidente para consequências "trágicas e fatais" de confronto com potência nuclear
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia avisou que o Ocidente está a subestimar a capacidade de Moscovo, o que pode resultar em consequências "trágicas e fatais".
Sergei Ryabkov falava diretamente para Estados Unidos e aliados, a quem avisou que estão a enfrentar uma potência nuclear.
O Ocidente, entende o responsável, "subestima a prontidão da Rússia para se defender e assegurar os seus próprios interesses em qualquer situação".
"Nem quero assumir que esta postura se pode tornar trágica e fatal", acrescentou, lembrando que a disuasão nuclear pode começar na retórica, mas rapidamente transformar-se em prática.
Vice-ministro russo diz que a Rússia (e não só) devem impedir "caos nuclear"
O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, disse esta terça-feira que as grandes potências devem impedir o mundo de cair no caos nuclear.
"A nossa tarefa comum é evitar que o mundo e o mundo multipolar, acima de tudo, deslize para o caos nuclear", garantiu.
MNE italiano condena medida russa de banir órgãos de comunicação europeus
A decisão russa de proibir o acesso a 81 órgãos de comunicação europeus no país é uma “medida injustificada”. É o que diz o ministério dos Negócios Estrangeiros italiano, que esta terça-feira condenou a decisão.
"Lamentamos a medida injustificada adotada contra estas emissores e jornais italianos, que sempre forneceram informações objetivas e imparciais sobre o conflito na Ucrânia", diz, em comunicado.
Em causa estão as emissoras italianas Rai e La7 e os jornais La Repubblica e La Stampa.
Ministro alemão quer apoiar a Ucrânia com munições no valor de 15 mil milhões de euros
O ministro da Defesa alemão quer ajudar a Ucrânia com cerca de dois milhões de munições de artilharia no valor de 15 mil milhões de euros. A informação foi avançada esta terça-feira pelo jornal alemão Der Spiegel.
Boris Pistorius aguarda agora uma decisão da comissão parlamentar do orçamento para conseguir avançar.
Autoridades ucranianas ordenam retirada de crianças em cinco aldeias de Donetsk
As autoridades ucranianas ordenaram hoje a retirada obrigatória de crianças e dos seus pais em cinco aldeias na região de Donetsk, no leste do país.
Esta medida diz respeito a “crianças com os seus pais ou outros representantes legais” que vivem em localidades próximas da zona onde os combates se intensificaram nas últimas semanas, disse o governador Vadym Filachkine nas redes sociais, indicando as aldeias próximas de zonas onde as forças russas ganharam terreno.
Nas últimas semanas, o governador apelou aos civis para fugirem da região devido ao aumento do número de mortos em resultado dos bombardeamentos russos.
Pouco depois do início da invasão russa, em fevereiro de 2022, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou a população a abandonar esta região devastada pela guerra, recomendação que nem sempre foi seguida pelos habitantes.
Filachkin também anunciou hoje a morte de uma pessoa no sul da região de Donetsk, vítima de um bombardeamento.
Outras quatro pessoas ficaram feridas na cidade de Toretsk, junto da linha de frente.
Ucrânia diz que guerra não pode acabar sem que Rússia seja responsabilizada
Numa análise ao possível plano de paz que Donald Trump promete levar à mesa de negociações caso vença as eleições dos Estados Unidos, o conselheiro presidencial ucraniano deixa claro que a guerra não pode terminar sem que a Rússia seja responsabilizada. À Reuters, Oleksiy Arestovycha defende ainda que Kiev tem a noção clara de que só pode haver uma paz justa baseada no direito internacional.