Luís Montenegro apresentou, esta quinta-feira, os nomes que vão constituir o novo Governo português. António Leitão Amaro, vice-presidente do PSD e candidato eleito por Viseu, ganha título de ministro da Presidência
É deputado do PSD eleito por Viseu e agora ministro da Presidência no Governo de Luís Montenegro: António Egrejas Leitão Amaro, jurista, político, docente e um dos elementos do “núcleo duro” do líder social-democrata.
Nas disputas internas recentes, apoiou em 2018 Rui Rio contra Pedro Santana Lopes, “em nome do reformismo”, mas nas diretas seguintes apoia Luís Montenegro contra o antigo presidente da Câmara Municipal do Porto, por entender que seria um melhor primeiro-ministro.
Exerce funções como vice-presidente do PSD desde 3 de julho de 2022 e há quem o descreva como “um belo jurista”, com o “traquejo político” necessário para liderar pastas importantes. Mas o seu percurso nos sociais-democratas teve início anos antes, na JSD, que inclusivamente liderou durante mais de dois anos, antes de assumir a presidência do grupo parlamentar do PSD e de se sentar no hemiciclo pela primeira vez entre a XI e a XIII legislaturas, alcançando o título de secretário de Estado da Administração Local no Governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho.
Foi em Caramulo que nasceu, a 2 de abril de 1980, no distrito que o elegeu novamente para a bancada laranja do Parlamento. Lá passou a maior parte da sua juventude até ingressar no Ensino Superior em Lisboa, onde concluiu uma licenciatura em Direito e uma pós-graduação em Economia, e depois em Coimbra, tendo realizado outra pós-graduação em Regulação e Concorrência.
Em 2019 deixou o Parlamento por decisão própria, precisamente com a intenção de completar o doutoramento pela Universidade Católica, mas regressou à primeira linha da atividade política com a eleição de Montenegro como presidente do PSD.
Leitão Amaro leciona Finanças Públicas na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e na Católica Global School of Law, e desempenha ainda o cargo de presidente da Assembleia Municipal de Tondela.
Fontes próximas contam à CNN Portugal que o político não participou na volta nacional ao lado de Montenegro, durante a campanha da Aliança Democrática este ano. Em vez disso, optou por uma campanha autónoma em Viseu, discursando diversas vezes e centrando-se na ideia de que a forma mais eficaz de convencer os indecisos nas ruas era mostrando-lhes que o voto no Chega ia sempre dar força ao PS.
No primeiro comício da campanha do líder do PSD, Leitão Amaro comparou-o a Cavaco Silva e a Pedro Passos Coelho por "juntar o conhecimento real do país com a capacidade de fazer escolhas difíceis e apresentar soluções mais sofisticadas".
Como ministro, poderá ter menos tempo para ‘hobbies’ como a corrida (já fez uma maratona) e o surf ou para ler e viajar, depois de já ter dado uma volta ao mundo em oito meses.
