Torneio Pré-Olímpico: primeira parte dominante permite à Noruega superar Portugal

14 mar, 19:25
Torneio Pré-Olímpico: Portugal-Noruega (ATTILA KISBENEDEK / Getty Images)

Reação na segunda parte foi insuficiente para «Heróis do Mar» forçarem, pelo menos, o empate

No dia em que se completam três anos desde a épica qualificação da seleção nacional de andebol para os Jogos Olímpicos de Tóquio, triunfando diante a França, os «Heróis do Mar» foram incapazes de aplicar tal brilho no arranque do Torneio Pré-Olímpico, tendo em vista a presença em Paris 2024.

Diante da Noruega (29-32), Portugal apenas terá a lamentar uma primeira parte abaixo do demonstrado, por exemplo, no Europeu de janeiro. Em Tatabánya, na Hungria, a seleção nacional sucumbiu à ansiedade e permitiu aos nórdicos edificarem uma vantagem decisiva até ao intervalo.

À boleia de uma tarde inspirada do guardião Tobjorn Bergerud, a seleção norueguesa também compôs a «vingança» da partida no Europeu com eficácia no ataque. Do outro lado, Portugal revelou nervosismo ofensivo e apatia defensiva, permitindo aos adversários escaparem no marcador. Ao fim de 16 minutos, a vantagem dos nórdicos era de quatro golos (7-11), o que obrigou Paulo Jorge Pereira a parar o relógio.

Ainda que o selecionador nacional tenha apelado à tranquilidade dos «Heróis do Mar», a resposta de Portugal foi efémera. Até ao intervalo, a Noruega capitalizou as sucessivas precipitações de Portugal no ataque. Para agravar, Francisco Costa, que até então havia registado dois golos, deixou a primeira parte mais cedo, depois de cair sobre o pulso esquerdo.

Em todo o caso, em cima da buzina, o golo de Leonel Fernandes, após recuperação e passe de Joaquim Nazaré, permitiu aos «Heróis do Mar» almejar algo diferente para o segundo tempo (13-18).

Aquando da pausa, a Noruega registava eficácia de 72 por centro, ou seja, de 18 remates concretizados em 25 tentados. Em sentido contrário, Portugal apenas concretizou 13 em 23. Por sua vez, e numa missão quase sempre inglória, Rêma e Capdeville anotaram cinco defesas, metade das acumuladas pelos guardiões noruegueses.

Reação foi insuficiente

No segundo tempo, a resposta lusa surgiu nos derradeiros 15 minutos, à boleia das paradas de Capdeville, assim como dos contributos de Luís Frade e dos irmãos Francisco e Martim Costa, que, saliente-se, anotou três golos de rajada (25-27).

Todavia, o melhor momento de Portugal no encontro foi fugaz, pelo que a diferença de dois golos não foi diminuída, muito graças ao guardião Bergerud, que negou golos a Leonel Fernandes, Francisco Costa e Luís Frade.

Em simultâneo, Simen Lyse foi o mais eficaz entre os noruegueses, com seis golos em sete remates.

No derradeiro segundo, a Noruega ainda marcou, fixando o marcador em 29-32.

Reveja a história desta partida, aqui.

A estatística evidencia o crescimento de Portugal na segunda parte, sobretudo na defesa, com o crescimento de Capdville, com oito defesas, e da linha recuada. Mas, tal como todos os golos contam, também todos os momentos são decisivos. Como tal, a Noruega preservou a vantagem da primeira parte e garantiu a liderança do Grupo 3.

Destaque entre os «Heróis do Mar» para as exibições de Capdeville, Francisco Costa (cinco golos em 10 remates), Martim Costa (cinco golos em oito remates) e Luís Frade (oito golos em 10 remates).

 

Na noite desta quinta-feira, Tunísia e Hungria medem forças para encerrar a jornada inaugural do Torneio Pré-Olímpico.

Os comandados de Paulo Pereira defrontam a Tunísia na tarde deste sábado (16h) e a Hungria na noite deste domingo (20h). As duas melhores seleções de cada grupo selam a qualificação para Paris 2024.

No Grupo 1 estão Espanha, Barém, Brasil e Eslovénia. No Grupo 2, a Alemanha mede forças com Argélia, Croácia e Áustria.

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