«Não era isto que queria para final de carreira», diz Chiquinho Conde

28 nov 2000, 21:51

Avançado triste com a escassa utilização no Alverca Aos 35 anos, o moçambicano está confrontado com a evidência de não ser primeira opção para Jesualdo Ferreira. Sem revolta, sempre com a vontade de «não decepcionar ninguém», um dos históricos da I Liga afirma-se com capacidade para jogar os 90 minutos, mas reconhece: «sempre soube que a política do clube passa pela aposta nos jovens».

Chiquinho Conde vive, aos 35 anos, uma situação pouco habitual na sua já longa carreira: não é titular no clube que representa. O jogador diz sentir-se «triste» por não jogar com regularidade, mas afirma também «respeitar as opções do treinador».  

O avançado tem trabalhado muito nos treinos, para sempre que é chamado «contribuir para a equipa». Apesar de ter sido titular apenas duas vezes (contra o Guimarães e E. Amadora) tem saltado muitas vezes do banco para ajudar a equipa. Mas Chiquinho recusa ser «a arma secreta» do Alverca, pois sente-se com total capacidade para jogar os 90 minutos.  

O jogador encontra no projecto do Alverca uma explicação para o facto de não jogar. «Sabia desde o princípio que a política do clube é apostar nos jovens», diz. Chiquinho Conde revela que «não era isto que queria para o final da carreira», mas promete continuar a «trabalhar muito para não decepcionar ninguém». 

«Não deixo de ter esperança em ser titular», afirma Damas 

Damas, que está no Alverca emprestado pelo Sporting, não tem sido utilizado por Jesualdo Ferreira. O jogador termina este ano o contracto que o liga ao clube de Alvalade e, se ele não for prolongado, passará a ser um jogador livre.  

Apesar de não estar a jogar, Damas não se mostra desanimado. Pelo contrário, demonstra grande vontade em trabalhar para mudar a situação actual: «Dou sempre o meu melhor nos treinos para merecer a confiança do mister, não deixo de ter esperança». Damas diz ter «a consciência tranquila» por saber que tudo tem feito para chegar à titularidade. 

O jogador afirma que «o plantel é longo e bom», e reconhece que é complicado para Jesualdo Ferreira escolher apenas 18 jogadores em 30 opções possíveis. A solução é mesmo «continuar a trabalhar». 

Damas ainda tem esperança em voltar ao Sporting, apesar de saber que é complicado. «Sem jogar sei que é difícil», diz. Desconhecendo qualquer tipo de interesse de outros clubes no seu passe, mesmo para um hipotético empréstimo, o jogador diz ficar «satisfeito» se algumas pessoas reconhecerem o seu valor.

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