Sindicatos pedem fim dos bloqueios de agricultores em França após anúncio do governo

1 fev, 14:43
Protesto de agricultores em França (Matthieu Mirville/AP)

Agricultores Jovens garantem que este não é o fim dos protestos, mas antes a passagem para uma nova forma de manifestação

O líder de um dos principais sindicatos de agricultores franceses pediu esta quinta-feira o fim dos bloqueios de estradas no país, depois de um novo anúncio do governo que contém uma série de medidas que eram exigidas pelo setor.

Numa conferência de imprensa em reação aos anúncios do governo, Arnaud Gaillot, da plataforma Agricultores Jovens, disse que estava a favor de outras formas de protestos, referindo que o governo ouviu os protestos e que, na sequência das medidas anunciadas, os agricultores devem desmobilizar.

"A partir de segunda-feira vamos poder trabalhar nas prefeituras, nos ministérios, para garantir todos os pontos anunciados, para ver como implementá-los, como os tornar realidade", afirmou o presidente dos Agricultores Jovens.

Este pedido de desmobilização foi acompanhado pelo presidente da Federação Nacional dos Sindicatos Agrícolas (FNSEA), Arnaud Rousseau, na mesma conferência de imprensa.

O responsável avisou que haverá novas mobilizações se os anúncios feitos pelo primeiro-ministro, Gabriel Attal, não forem concretizados no prazo de 15 dias e se não entrarem em vigor em junho.

Além disso, Arnaud Gaillot pede ao governo que partilhe imediatamente um documento com os vários anúncios, bem como uma legislação que garanta a praticabilidade de algumas das medidas.

"Não vamos hesitar. Se estes objetivos não forem atingidos, entramos num movimento de greve geral", afirmou.

Para já não é possível perceber se os agricultores que estão a bloquear dezenas de estradas, muitas delas vias rápidas, vão desmobilizar.

Esta reação acontece depois de o governo francês ter anunciado que vai afetar 150 milhões de euros "a partir deste ano e de forma permanente" para aliviar a carga fiscal e social dos agricultores e criadores de gado, de acordo com o primeiro-ministro gaulês, Gabriel Attal.

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