CEO despediu 900 trabalhadores por videoconferência no Zoom

6 dez 2021, 17:34
Vishal Garg (Better)

Mais uma polémica que envolve o administrador executivo da Better.com, Vishal Garg

O CEO da Better.com, uma empresa de hipotecas online, despediu 900 trabalhadores por videoconferência na plataforma Zoom.

Os trabalhadores despedidos, cerca de 9% do total de funcionários da empresa, foram abruptamente informados da situação contratual pelo diretor-executivo, Vishal Garg, durante um webinar.

“Se estão nesta chamada, fazem parte do infeliz grupo que vai ser despedido. O vosso contrato termina imediatamente”, disse o CEO da empresa norte-americana durante a videochamada.

Segundo a CNN Business, o CEO da empresa justificou a decisão com a falta de eficiência, performance e produtividade. Numa carta à CNN, o CFO, Kevin Ryan, admitiu que despedir pessoas nesta altura do ano é “difícil”, mas considerou que uma “força de trabalho reduzida e focada” permitirá à empresa “atacar um mercado em evolução radical”.

Dias antes, numa publicação inicialmente anónima na rede social Blind, Vishal Garg tinha acusado alguns dos seus funcionários de “roubarem” a empresa, ao trabalharem menos horas do que as contratualizadas.

“Vocês sabem que pelo menos 250 das pessoas despedidas estavam a trabalhar cerca de 2 horas por dia enquanto contabilizavam 8 no ordenado? Estavam a roubar-vos (restantes empregados) e aos nossos clientes, que pagam as contas que nos pagam as contas. Eduquem-se”, escreveu Garg, sob o pseudónimo ‘uneducated’.

Esta não é a primeira polémica que envolve o CEO da Better.com nos últimos anos. Em 2020, a revista Forbes divulgou um email de Vishal Garg para os seus trabalhadores, no qual os acusa de serem “golfinhos burros”.

“ACORDA, EQUIPA DA BETTER. Vocês são MUITO LENTOS. Vocês são um bando de GOLFINHOS BURROS… e GOLFINHOS BURROS são apanhados pelas redes e comidos pelos tubarões. ENTÃO PAREM COM ISSO. PAREM. PAREM JÁ. ESTÃO A ENVERGONHAR-ME”, pode ler-se na comunicação.

Já em 2019, Vishal Garg disse a um antigo sócio que o iria “prender a uma parede e queimá-lo vivo”, ameaça pela qual, posteriormente, pediu desculpa.

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