Fernando Santos: «Fizemos o que tínhamos a fazer»

12 mai 2001, 21:12

F.C. Porto-U. Leiria, 3-0 (reportagem)

Embora a expressão fosse a do costume, o discurso deixava notar que Fernando Santos era, no final do encontro, um treinador satisfeito com o resultado e, principalmente, com o futebol apresentado pelos seus pupilos. No parecer do técnico, «a forma determinada como entrámos no jogo, sabendo exactamente o que tínhamos que fazer, pressionando o Leiria quando tinham a posse de bola e obrigando-os a jogar para trás, foi determinante no desfecho».  
 
«Na segunda parte deixámos as trocas de bola no balneário e, tirando uma outra aceleração, pouco fizemos, apesar do Leiria também não ter criado perigo. Contudo, estou contente com a postura dos meus jogadores», concluiu. 
 
A boa carreira do F.C. Porto após a eliminação da Taça UEFA não passa despercebida ao mais distraído dos amantes do futebol, razão pelo que Fernando Santos aproveita para reiterar o que sempre tinha dito, que a grande carga de jogos era o principal factor de um futebol menos conseguido. «Repare-se que após o encontro de Liverpool, em dez jogos tivemos nove vitórias e um empate. Isto é como comparar um motor a gasolina com um motor a diesel, em que, apesar da resistência estar lá, não existe o mesmo poder de arranque. Por isso, é normal que agora estejamos mais rápidos». 
 
Uma questão que se impunha prende-se com o sabor de completar cem jogos para a I Liga à frente do F.C. Porto, feito conseguido por Fernando Santos neste final de tarde. Finalmente, conseguiu vislumbrar-se um sorriso nos lábios do técnico portista, que acrescentou: «estou contente, conquistar uma marca tão bonita à frente de uma instituição como o F.C. Porto é sempre agradável e motivante para qualquer treinador».

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