Número de mortos no sismo da Turquia e da Síria já ultrapassa os 35 mil

CNN Portugal , MM - Atualizada às 10:02
13 fev 2023, 08:09

Os dois países estão agora a braços com graves situações de emergência humanitária. De acordo com as Nações Unidas, pelo menos 870 mil pessoas necessitam urgentemente de comida. Só na Síria, há mais de 5,3 milhões de pessoas sem casa

O número de mortos causados pelos terramotos na Turquia e na Síria ultrapassou os 35 mil, de acordo com informações avançadas pelas autoridades de ambos os países. A cada hora que passa, a esperança de encontrar sobreviventes nos escombros é cada vez menor e agora as operações de resgate resultam, cada vez mais, na recuperação de cadáveres.

As autoridades turcas disseram que registaram 31.643 mortos no país, enquanto do outro lado da fronteira há 3.581 mortos confirmados, segundo fontes oficiais citadas pela agência francesa AFP.

Os dois países estão agora a braços com graves situações de emergência humanitária. De acordo com as Nações Unidas, pelo menos 870 mil pessoas necessitam urgentemente de comida. Só na Síria, há mais de 5,3 milhões de pessoas sem casa. A Turquia tem mais de 80 mil feridos nos hospitais e mais de um milhão em abrigos temporários.

Este domingo, o subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, alertou que, no entanto, o número de mortos vai “duplicar ou mais”.

“Acho difícil estimar [um balanço] precisamente porque temos que começar a escavar por baixo dos escombros, mas tenho a certeza que vai duplicar, ou mais”, disse Griffiths à televisão britânica Sky News.

"Ainda não começámos realmente a contar o número de mortos", acrescentou o também Coordenador de Socorro de Emergência da ONU, que visitou no sábado a cidade de Kahramanmaras, no sudeste da Turquia, perto do epicentro dos sismos.

Casos de sarna e febre começam a surgir entre os sobreviventes

Um médico turco que presta apoio em Kahramanmaraş afirmou à agência Lusa que começam a surgir casos de sarna, diarreia e febre face à falta de condições de higiene e saúde daqueles que sobreviveram ao sismo.

“Há falta de higiene e de condições básicas de saúde. Não há fraldas, pensos higiénicos, papel higiénico, não há casas de banho”, notou o médico Abdullah AlBayrak, da organização não governamental Dünya Doktorları (Médicos do Mundo), que presta apoio médico em Kahramanmaraş.

Segundo o médico, começam a surgir casos de diarreia, sarna e febre entre os sobreviventes do sismo face à falta de condições de higiene e de saúde.

Apesar de considerar que ainda não se está perante uma situação epidémica, notou que é fácil “o contágio” no atual contexto, em que as pessoas se agrupam, junto dos destroços, e dormem em pequenas tendas.

 

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