Tribunal do Teerão condena duas jornalistas a penas de prisão

Agência Lusa , AM
3 set 2023, 09:43
Tribunal

Milhares de manifestantes foram igualmente detidos, acusados pelas autoridades de participarem em motins fomentados por Israel, o inimigo declarado do Irão, e pelos países ocidentais

Um tribunal de Teerão condenou duas jornalistas a três anos de prisão, grande parte dos quais suspensos, por conspiração e conluio, noticiou este domingo a imprensa do Irão.

Elnaz Mohammadi, do diário Hamamihan, e Negin Bagheri, do jornal Haft-e Sobh, terão de cumprir pouco menos de um mês da pena em detenção, declarou o advogado Amir Raisian.

“O resto da pena será suspenso durante cinco anos”, acrescentou, citado pela agência francesa AFP.

Durante esse período, as duas jornalistas terão de frequentar cursos de “ética profissional” e não poderão sair do Irão.

Elnaz Mohammadi foi detida durante uma semana em fevereiro, por um motivo não especificado.

Trata-se da irmã de Elahe Mohammadi, outra jornalista do diário Hammihan, detida desde setembro de 2022 por ter feito a cobertura do funeral de Mahsa Amini.

A morte da mulher curda de 22 anos, ocorrida depois de ter sido detida pela polícia da moral por alegadamente violar o código de vestuário rigoroso imposto pela República Islâmica, desencadeou manifestações em todo o Irão.

Centenas de pessoas, incluindo dezenas de membros das forças de segurança, foram mortas durante as manifestações.

Milhares de manifestantes foram igualmente detidos, acusados pelas autoridades de participarem em motins fomentados por Israel, o inimigo declarado do Irão, e pelos países ocidentais.

Os meios de comunicação social locais informaram recentemente que mais de 90 jornalistas foram detidos ou interrogados desde as manifestações.

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