Contratos de fidelização travam adesão a tarifa social de internet

Agência Lusa , DCT
15 fev 2023, 13:35
Computador

"Uma das razões porque as famílias de baixos recursos hoje não podem aderir a essa tarifa é porque têm contratos de fidelização", disse João Cadete Matos

O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) afirmou esta quarta-feira que uma das razões da baixa adesão da tarifa social de Internet deve-se às fidelizações e aos pacotes de comunicações, contando com mais de 500 ofertas ativas.

João Cadete Matos falava na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito da audição da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) a requerimento do PCP sobre "os anunciados aumentos de tarifas das telecomunicações e dos CTT".

De acordo com o regulador, foram feitos 1.186 pedidos da tarifa social de Internet (TSI) e há atualmente 516 ativas.

Relativamente à tarifa social de Internet, "uma das razões porque as famílias de baixos recursos hoje não podem aderir a essa tarifa é porque têm contratos de fidelização" e "pacotes", o que inclui a televisão, a qual é uma "prioridade para as famílias portuguesas", afirmou.

Ora, "seria absolutamente lógico para quem tem rendimentos baixos" aderir a esta oferta, considerou, recordando que, em termos de Internet, a Anacom tinha proposto que "as condições da tarifa social de Internet tinham de ser o dobro" do que foi aprovado.

A TSI conta com cerca de 780 mil beneficiários potenciais, o universo da população que beneficia da tarifa social de eletricidade e da água, e entrou em vigor em 2022.

Economia

Mais Economia

Patrocinados