TAP: PS vai abster-se na votação da comissão de inquérito do Bloco, mas vota contra a do Chega

Cláudia Évora , Notícia atualizada às 17:52
1 fev 2023, 16:56

Recorde-se que, a 10 de janeiro, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, já tinha revelado que o partido se iria abster, dando assim como garantida a viabilização da proposta do Bloco

Houve um lapso na intervenção que o deputado do PS Carlos Pereira fez esta quarta-feira no Parlamento. O socialista tinha anunciado que o partido iria votar a favor da proposta do Bloco de Esquerda (BE) para a realização de uma comissão de inquérito à TAP, mas afinal vai abster-se. A informação foi confirmada pelo PS à CNN Portugal. 

Em contrapartida, o voto contra a proposta que foi apresentada pelo Chega mantém-se. 

"Não votaremos a favor da comissão de inquérito do Chega e votaremos a favor da do Bloco de Esquerda", foi esta a frase proferida por Carlos Pereira durante o debate desta quarta-feira e que levou o PSD, pela voz do vice-presidente da bancada Hugo Carneiro, a questionar o porquê da dualidade. Sem grandes explicações na resposta, o deputado socialista disse: "Não é a mesma coisa. Se para o PSD não há problema nenhum, para o PS há uma grande questão de fundo que espero que não seja preciso explicar ao PSD".

Durante a intervenção, Carlos Pereira, em tom irónico e a apontar para a oposição, disse que por vezes "parece que não vale a pena fazer-se uma comissão de inquérito", uma vez que "os senhores deputados já sabem quais são as conclusões todas".

Hugo Carneiro acusou o PS de se apresentar no debate de "forma tímida", acrescentando que "o único propósito" dos socialistas na comissão de inquérito à TAP "é salvar o ministro das Finanças". Na mesma linha, e já no final do debate, o líder do Chega garantiu que não vai deixar "passar em branco o papel de Fernando Medina (...), o ministro que não sabe de nada". Mas foi mais longe, André Ventura disse mesmo que o tempo de Medina "está a chegar ao fim" e que os contribuintes "não estão aqui para pagar incompetência". 

Recorde-se que, a 10 de janeiro, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, já tinha revelado que o partido se iria abster, dando assim como garantida a viabilização da proposta do Bloco.

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