Taça: Gil Vicente-Amarante, 3-1 (crónica)

Nuno Dantas , Estádio Cidade de Barcelos
10 jan, 21:21

Bravos amarantinos sucumbiram perto do fim, perante um galo muito fraquinho

Foi linda a festa amarantina em Barcelos! Quase dois mil adeptos do Amarante mostraram o verdadeiro espírito da Taça de Portugal, lembrando que o David pode fazer frente ao Golias. O Gil Vicente ruma aos quartos de final da prova rainha, contudo, os aplausos, de pé, vão por inteiro para a equipa do Campeonato de Portugal, que sofreu a primeira derrota da temporada. Era, até hoje, a única equipa nacional sem qualquer desaire!

Miro, em estreia a titular nos galos, abriu o marcador logo aos três minutos e a equipa adormeceu à sombra do resultado. De erro em erro, os gilistas foram dando esperança aos amarantinos, que chegaram à igualdade a dez minutos do fim, por Leandro, para gáudio dos adeptos visitantes.

Rúben Fernandes saiu do banco para, na primeira vez que tocou na bola, a dois minutos do fim, dar nova vantagem aos gilistas. Já nos descontos, Martim Neto fez de bicicleta o terceiro e fechou a contagem. Três anos depois, o Gil Vicente chega às oito melhores equipas na Taça. Para o Amarante, tal como em 2015/16, o sonho termina nos oitavos.

Miro no onze

Vítor Campelos fez seis alterações em relação à equipa que perdeu com o Farense. A grande novidade na formação barcelense foi a estreia a titular do avançado Miro. Felipe Silva fez dupla com Né Lopes no centro da defesa e Leonardo Buta regressou à titularidade, tal como Fujimoto, e Marlon completou o lote de novidades

Os galos não podiam pedir melhor início. Logo ao terceiro minuto, após boa combinação na esquerda, Dominguez assistiu Miro, que no coração da área não perdoou. Estreia de sonho para o jovem avançado angolano. Arrefeciam os ânimos amarantinos, apoiados por fervorosos e em grande número de adeptos. Ainda assim, o Amarante ficou muito perto do empate, após uma oferta de defensiva gilista. Buta distraiu-se e, num atraso, isolou Ká Semedo, mas Andrew fez bem a mancha e impediu o golo.

Com um tão bom início não seria de esperar que o jogo morresse por completo. Os de Barcelos andavam a passo, muito previsíveis e à espera de que o jogo se resolvesse por si mesmo. Já os bravos amarantinos faziam pela vida e, apesar das dificuldades inerente ao facto de estar a defrontar uma equipa do principal escalão nacional, nunca deixavam de espreitar o ataque. Numa dessas oportunidades, Elias apareceu solto na esquerda a rematar junto ao poste.

Louco golo do empate

Apesar da vantagem em tempo de intervalo, Vítor Campelos não estava, certamente, muito satisfeito com a performance dos seus jogadores. Ainda assim, o técnico decidiu não lançar ninguém para o segundo tempo e pouco ou nada mudou. Renato Coimbra foi o primeiro a mexer, refrescando a defesa e o ataque. O treinador dos galos respondeu e lançou Martim Neto e Félix Correia em campo.

Os gilistas continuavam a cometer muitos erros e a perder muitas bolas, até que o previsível acontecei. Né Lopes ‘brincou’ à frente da área, ficou sem o esférico, e Leandro atirou uma bomba para o fundo das redes! Loucura nas bancadas e prémio mais que merecido para os cerca de dois mil adeptos que viajaram de Amarante até Barcelos.

No entanto, tal como dizia a publicidade, a solução de Vítor Campelos estava no banco. O treinador lançou o capitão, quando havia um canto a favor dos galos, e Rúben Fernandes, na primeira vez que toca no esférico, fez o 2-1. Respiravam de alívio os adeptos barcelenses, que ainda puderam festejar um grande golo, apontado por Martim Neto. Cruzamento de Zé Carlos e o médio a fechar com chave de ouro o apuramento para os quartos.

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