Taça de Inglaterra: City bate United e reclama troféu com «bis» de Gundogan

3 jun 2023, 17:05

Penálti de Bruno Fernandes não chegou para contornar os dois golos do alemão na final inédita de Wembley

Com dois golos de Gundogan, um deles histórico, contra um de Bruno Fernandes, o Manchester City venceu o vizinho United no Estádio de Wembley, em Londres, e juntou a Taça de Inglaterra à Liga Premier, ficando agora a apenas um jogo de completar aquilo que os ingleses chamam o «treble», uma tripla de troféus a que só falta adicionar a Liga dos Campeões. A equipa de Old Trafford foi a única, até ao momento, a conseguir a tal tripla, mas a equipa de Pep Guardiola pode agora igualar a marca de Alex Ferguson, a 10 de junho, quando defrontar o Inter de Milão na final de Istambul.

Confira a FICHA DO JOGO

Uma final inédita, com os dois vizinhos a cruzarem-se pela primeira vez numa final da histórica competição inglesa, que começou com um golo histórico, a marcar desde logo o jogo. Foram precisos apenas treze segundos para Gundogan assinar o primeiro golo do jogo. Foi o alemão que deu o pontapé de saída, com um passe atrasado para Ortega que, por sua vez, colocou na frente. Haaland ganhou nas alturas e Gundogan, já à entrada da área, fuzilou De Gea com um remate de primeira. A festa começava em tons de azul.

Um golo madrugador que acentuou ainda mais o já esperado domínio da equipa de Pep Guardiola que, em vantagem, controlou o jogo com uma elevada posse de bola que chegou a rondar os setenta por cento. Os azuis rodavam a bola, com um futebol apoiado, ao primeiro toque, com o United a correr atrás dela. O City podia ter, inclusive, aumentado a vantagem nos minutos que se seguiram ao golo, com o United perdido em campo. Rodri cabeceou ao lado, Haaland rematou à figura e De Bruyne atirou a rasar o poste.

O United, com Bruno Fernandes no papel de capitão, procurava reagir por um corredor central demasiado congestionado, com Sancho e Rashford sem conseguir entrar no jogo, mas o United tanto insistiu que acabou por ser bem-sucedido, num lance que começa precisamente num passe em profundidade do português para a entrada de Bissaka na área. O lateral controlou de cabeça e a bola foi à mão de Grealish que acompanhava o defesa. O jogo ainda prosseguiu, mas o VAR acabou por alertar o árbitro que, depois de rever as imagens, apontou mesmo para a marca dos onze metros. Bruno Fernandes, ao seu estilo, deu um saltinho e atirou a contar. Estava feito o empate, agora com festa vermelha nas bancadas, onde se viram algumas bandeiras portuguesas.

Um golo que fez bem ao United, que serviu para carregar confiança e permitiu ao conjunto de Ten Hag equilibrar o jogo até ao intervalo. Bernardo Silva saiu, a caminho dos balneários, a conversar com o árbitro e Bruno Fernandes colou-se ao companheiro de seleção para ouvir a conversa.

Outra vez Gundogan de primeira…

O United até entrou melhor no segundo tempo, mas voltou a esquecer-se de Gundogan e o capitão do City não perdoou. Um segundo golo do alemão que resulta de um livre de De Bruyne, sobre a direita, com Gundogan a rematar, mais uma vez, de primeira, para as redes de De Gea. Guardiola festejou na lateral, o United voltava a correr atrás do prejuízo.

Voltava a repetir-se o quadro da primeira parte, com o City com uma posse de bola crescente, a controlar por completo a partida. Erik tem Hag prescindiu de Eriksen, muito apagado, e tentou abanar o jogo com Garnacho. Rashford compreendeu a mensagem e com um remate de fora da área ficou a centímetros de novo empate. Logo a seguir, Gundogan chegou a festejar o hat-trick, numa recarga a um remate de Haaland, mas desta vez o alemão estava claramente adiantado e não valeu. O jogo estava mais aberto e Garnacho também ficou a centímetros do empate.

A verdade é que o tempo estava a correr para o final com o City em vantagem e Ten Hag prescindiu de Sancho, outro jogador muito apagado esta tarde, para lançar o possante Weghorst para a frente da baliza de Ortega. O treinador neerlandês lançou ainda McTominay, mas, mais uma vez, era o City que voltava a ter a bola e não a emprestava ao vizinho.

Com um ou outro sobressalto, com destaque para uma oportunidade de McTominay, a equipa de Guardiola controlou a vantagem mínima e acabou por reclamar o troféu que lhe permite continuar a correr para o «treble». Falta apenas a Liga dos Campeões, marcada para o próximo sábado, frente ao Inter Milão.

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