Como muda o salário face ao mês passado? Veja as simulações

ECO - Parceiro CNN Portugal , Mariana Espírito Santo
7 jul 2023, 10:09
Dinheiro (Pexels)

Já não é a primeira nem a segunda mudança nas tabelas de retenção este ano. Desta vez, há uma lógica de taxa marginal e dá maior rendimento mensal, ainda que o imposto pago no final seja o mesmo

No salário de julho, já vai notar diferença nos montantes efetivamente recebidos devido às novas tabelas de retenção na fonte de IRS. Veja aqui como muda de um mês para o outro o salário líquido, segundo as simulações da PwC para o ECO, através de menor retenção de imposto. Mas atenção, isto não significa que vai pagar menos: depois o reembolso é mais baixo.

Em maio e junho já tinham entrado em vigor novas tabelas, apenas para esses dois meses, devido ao aumento adicional dos funcionários de 1%, em que já se sentiu algum alívio na retenção. Mesmo assim, a maioria dos contribuintes vai notar ainda mais diferença no rendimento que tem disponível mensalmente, nesta segunda metade do ano.

Os salários mais baixos já tiveram alguns ajustes no primeiro semestre, mas quem receba 800 euros brutos mensais vê a retenção diminuir para quase metade, passando de 32 para 18 euros. Olhando para as simulações para casados ou solteiros sem dependentes, chegam a verificar-se 40 euros de diferença para um solteiro com um rendimento bruto mensal de 5.000 euros.

Já olhando para casados com dois dependentes, os que têm rendimentos até 850 euros já não vão descontar nada. Os contribuintes que recebem 900 euros brutos por mês veem a retenção cair para mais de metade, enquanto nos salários mais elevados o alívio ronda os 20 a 30 euros. Para um salário de cinco mil euros brutos, a diferença é de 48 euros.

Como explicou o ministro das Finanças, as taxas que estão a vigorar agora seguem “uma lógica de taxa marginal, que é efetuada através da conjugação da aplicação de uma taxa sobre o rendimento mensal com a dedução de uma parcela a abater, à semelhança do que acontece na liquidação anual do imposto”.

A mudança teve por objetivo garantir que “a retenção na fonte opere por meio de uma lógica de taxa marginal, em harmonia com os escalões de IRS relevantes para a liquidação anual do imposto, ao evitar situações de regressividade, em que a aumentos da remuneração mensal bruta resulte uma diminuição da remuneração mensal líquida auferida”, explica o despacho.

É de salientar que como a retenção é menor e mais ajustada, isso acabará por resultar num reembolso mais baixo, já que o que imposto “adiantado” foi mais próximo do valor final. Mesmo assim, há ainda alguns fatores que podem influenciar o reembolso, como as deduções ou eventuais mudanças nos rendimentos ao longo do ano.

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