Sindicato dos Médicos sudaneses deu balanço do conflito mas avisa que números serão inferiores aos reais
Pelo menos 958 civis morreram nos dois meses de combates no Sudão, entre o exército e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido, segundo dados do Sindicato dos Médicos sudaneses.
O sindicato, que conta com uma ampla rede de colaboradores nos centros médicos do país, indicou que mais de 4.746 civis ficaram feridos desde o início das hostilidades em 15 de abril.
No entanto, o sindicato alertou que os números são inferiores aos reais, com " muitas mortes e feridos" em Cartum e noutras áreas do país, que "não foram incluídos" nesta contagem.
O conflito começou a 15 de abril entre o exército, dirigido pelo general Abdel Fattah al-Burhane, e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido, do general Mohamed Hamdane Daglo, na sequência de desentendimentos sobre a unificação das Forças Armadas, no âmbito de um acordo assinado para a transição para a democracia.
Além de milhares de feridos, o conflito já causou pelo menos 850 mortos e obrigou 1,6 milhões de pessoas a fugirem das suas casas para escapar à violência, muitas para países vizinhos, segundo a ONU.