«Chermiti já percebeu que ou trabalha sempre no limite, ou não tem hipótese»

5 fev 2023, 13:05
Sporting prepara receção ao Paços de Ferreira

Treinador do Sporting fala ainda de Ricardo Esgaio a meias com o impacto da saída de Porro, reforçando elogios à prestação do lateral ante o Sp. Braga. Diz que a equipa tem de ser intensa «e cansar o Rio Ave», esperando «um bom jogo»

O treinador do Sporting, Ruben Amorim, abordou este domingo a «gestão de expectativas» com os jovens, nomeadamente com Youssef Chermiti, jovem da academia dos leões que foi titular ante o Sp. Braga e que tem surgido na equipa principal como já aconteceu com Rodrigo Ribeiro ou Mateus Fernandes, dizendo que «não há ilusões» e que é preciso trabalhar «no limite».

«A única maneira que sei gerir expetativas é: o Rodrigo foi opção, depois veio o Chermiti. O Chermiti esteve um bocadinho melhor e o Rodrigo foi ter mais espaço na equipa B. O Mateus Fernandes esteve muito bem aqui, voltou o Morita. Portou-se bem, foi à equipa B. A minha gestão de expectativas é de que não há nada garantido aqui. Quem estiver melhor, joga. Quem não tiver espaço aqui e for miúdo, vai à equipa B. Não há ilusões e os jogadores fazem o seu trabalho de casa e é ver o histórico do treinador», começou por dizer, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Rio Ave, da 19.ª jornada da I Liga.

«Eles têm uma responsabilidade acrescida, estamos a arriscar muito e a verdade é que têm de corresponder. E a verdade é que o Chermiti, a cada treino, corre mais. Acho que a gestão está a ser bem feita, porque depois parte da responsabilidade, não só do treinador e do clube, mas do agente e dos pais. E o Chermiti já percebeu que, ou trabalha sempre no limite, ou não tem hipótese. É muito isso que eles sentem ao longo da semana e do ano. E falam com os colegas. Com o Rodrigo e com o Mateus, que estão a subir e a descer. Até agora, [Chermiti] foi superando sempre as expectativas, portanto continua na equipa principal», prosseguiu.

O técnico dos leões foi ainda questionado sobre o impacto que a saída de Pedro Porro para o Tottenham teria individualmente nos restantes jogadores do Sporting e começou, desde logo, por falar de Ricardo Esgaio. Depois, lembrou que foi uma saída relativamente preparada, ao contrário do que aconteceu com Matheus Nunes.

«Para o Esgaio motiva, porque tem mais espaço, aos jogadores daquela posição é capaz de motivar. Obviamente que os jogadores sentem, mas também há havia uma preparação. Já toda a gente sabia que o Tottenham andava em cima do Porro. Ele fala com os colegas, foi uma coisa preparada. A verdade é que a saída do Matheus teve mais impacto no grupo na altura que foi. O Porro não, parece que é uma coisa já preparada. Custa sempre, mas quando as coisas são preparadas, tem um impacto diferente. Da mesma maneira que já perdemos outros jogadores e demos uma boa resposta», analisou Amorim que, sobre o Rio Ave, falou num adversário que joga «bom futebol» e tem aspetos que o Sporting vai ter de saber anular.

«O Rio Ave, para mim, joga muito bom futebol, muito aberto. Quer ter bola. Tem alguns problemas às vezes, perde a bola quer jogar sempre a partir do guarda-redes. Pode jogar com o Boateng e o Aziz na profundidade e são fortes. E é difícil apanhar os médios quando estão abertos. Fizemos no treino e é difícil tapar todos os espaços, espero um jogo difícil e temos de ser muito intensos e cansar o Rio Ave, senão o Rio Ave vai cansar-nos. Vai ser um bom jogo», perspetivou.

O Rio Ave-Sporting joga-se a partir das 21h15 de segunda-feira, em Vila do Conde. Siga o jogo, ao minuto, no Maisfutebol.

Relacionados

Sporting

Mais Sporting

Patrocinados