Amorim: «Queremos apressar o Rodrigo Ribeiro, agrada-me bastante»

8 mar 2022, 18:37

Treinador do Sporting abordou a aposta na formação

Ruben Amorim levou Renato Veiga, médio de 18 anos, e Rodrigo Ribeiro, avançado de 16 anos, para Manchester, para o segundo jogo com o City, relativo aos oitavos de final da Liga dos Campeões, mas diz que só vão jogar «o que o jogo ditar». Mesmo Dário Essugo, que foi titular no último jogo da Liga, frente ao Arouca, não vai jogar de início. 

«Em relação aos jovens, vão ter o tempo que o jogo ditar. Vamos apresentar a melhor equipa. O nosso projeto passa pela formação, mas há que entender o tempo em que metemos os miúdos ou não. Isso foi pensado. O Dário podia ser uma opção para jogar de início, mas não vai jogar de início. Entendi que ele não devia jogar este jogo, vamos fazer esta gestão. Não interessa se a eliminatória está fechada, é um jogo e vamos tentar lutar pela vitória, portanto vamos escolher os melhores jogadores para este jogo», explicou o treinador em conferência de imprensa.

A convocatória dos dois jovens, explicou o treinador, é apenas mais uma etapa na sua formação. «Temos poucos médios-centro e o Veiga foi chamado. É muito por aí, eles têm de perceber que têm estas oportunidades. Só pelo facto de eles estarem na convocatória e verem este espaço, treinarem aqui, estarem com a equipa principal, ajuda-os a crescer», referiu.

No entanto, o caso de Rodrigo Ribeiro, com apenas 16 anos, é diferente, é um avançado que o treinador tem pressa em ver crescer. «O Rodrigo é um miúdo com muito talento, numa posição em que temos só o Chermiti. Precisamos de avançados, acreditamos muito nele. Tem umas características de avançado que agradam bastante ao treinador e, portanto, queremos apressar o Rodrigo. Tem muita confiança da Academia e do treinador. Tem de estar connosco, estar na maior competição de clubes e apressar para que possa aparecer cada vez mais na equipa principal», acrescentou.

Uma aposta claramente para o futuro. «Obviamente que os jovens são o futuro. Temos é que pensar que não temos as fornadas como tivemos com o Nuno Mendes, o Matheus Nunes. Nesse aspeto, esses jogadores não é fácil aparecerem todos os anos Nós acreditamos muito nestes que têm vindo. Há um grande crescimento da academia, isso demora tempo, mas eles são a base do nosso projeto», referiu.

A propósito da formação, Ruben Amorim deu exemplos de Inglaterra. «Olhando aqui para Inglaterra, o City demorou dez anos a construir a equipa que tem hoje e tinha muito dinheiro. O Liverpool demorou quantos anos para ser campeão europeu? O Klopp precisou de cinco anos para ganhar o primeiro título. Nós não temos investimento de fora, o que estamos a fazer é criar riqueza para investir nos jogadores, para investir na nossa formação. Nem todos os anos vamos conseguir fazer isso, o treinador e a direção não apostam nos jovens por apostar. Apostamos quando vimos que há qualidade», destacou.

Além da qualidade, também é preciso ter sorte na formação. «É um misto de sorte, competência e de acreditar. Nos temos tempo, o treinador não sabe se tem tempo, mas a direção, agora que foi reeleito o presidente, tem um sentido claro do que queremos fazer. Não está nada garantido ao Rodrigo, ao Veiga. Eles vão ter de ser melhores do que o Nuno Mendes e do que o Matheus eram. Tem de haver um crescimento da parte de toda a gente e de certeza que o Sporting vai ser mais forte no futuro», acrescentou ainda.

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