Amorim: «Só quando tivermos a taça na mão é que será o xeque ao título»

15 abr, 15:34

Treinador explica como é que gere o grupo face à proximidade da conquista do campeonato

O Sporting tem o título nas mãos e esta terça-feira pode dar um passo crucial, quando defrontar o Famalicão, no acerto de calendário que pode aumentar a vantagem dos leões sobre o Benfica para sete pontos. Ruben Amorim explica como é que se gere o grupo neste contexto, mas garante que só vai haver festa quando as contas estiverem fechadas.

«A gestão da parte do treinador tem a ver com o contexto e com aquilo que sente no grupo. Às vezes é preciso puxar para cima, outras veze é preciso meter os jogadores com outra tranquilidade e mostrar que ainda falta muito. Estamos no meio disso, digamos assim, porque com o desenrolar do campeonato e dos jogos, o nervosinho antes dos jogos aumenta e eu sinto isso, que a equipa quer muito ganhar e sente-se um bocadinho ansiosa, mas depois também está preparada para receber todas as informações, ou seja, tudo o que dizemos sobre os adversários, e o jogo de Barcelos foi prova disso, os jogadores sabiam todos muito bem todos os pormenores do jogo. Isso ajudou a vencer o jogo», começa por explicar.

O segredo é encontrar o equilíbrio entre a ansiedade natural provocada pela proximidade do título e o foco na etapa final. «Diria que há um equilíbrio entre tudo. É tentar perceber o que eles estão a sentir no momento, fazermos essa gestão, e, depois, a ganhar tudo é mais fácil. A preocupação foi mais o ano passado, estar em quarto lugar. Lembrar que temos feito uma boa época, mas a grande razão desta boa época foi o final que fizemos o ano passado com muitas vitórias. Agora é mais fácil, eles estão prontos para tudo, sabem tudo, querem muito ganhar e a gestão torna-se mais fácil nesta fase», acrescentou.

A verdade é que o Sporting está num bom momento, para o treinador, não é o melhor ciclo da temporada. «Não sei se é o melhor momento, estamos num bom momento, mas acho que na viragem do ano, tivemos ali um clique qualquer e também aumentámos o número de golos e foi uma boa sequência. Ganhando este jogo, a última derrota já faz uma volta em que perdemos pela última vez, que foi com o Vitória. A partir daí, entrámos numa sequência muito boa e, com o virar do ano, aumentámos a qualidade do jogo, a fluidez, por isso é que também marcámos muitos golos», comentou.

O Sporting volta, agora, a preparar um jogo que já tinha preparado no início de fevereiro, ainda antes de Armando Evangelista render João Pedro Sousa no comando do Famalicão. «Acima de tudo pela vantagem que tem, nesta fase é diferente, pela quantidade de jogos, nesta fase da época também é diferente. Tem um carácter um bocadinho mais decisivo do que tinha na altura. A verdade é que quando saiu a ficha do jogo, na altura, surgiram alguns nomes que não estávamos preparados e isso seria uma surpresa na altura. O Famalicão ia apresentar-se com uma linha de cinco nesse jogo, neste jogo poderá haver uma linha de cinco com um médio centro a entrar, às vezes com uma linha de seis, que o ala também ajuda, reparámos nisso principalmente no jogo com o FC Porto», comentou.

O empate do Famalicão no Dragão, na ronda anterior, serviu também de base para preparar o jogo desta terça-feira. «Se o Famalicão tiver vantagem no resultado, as equipas do mister Evangelista tornam-se muito difíceis de criar perigo. Diria que vai ser uma abordagem parecida, com a equipa do Sporting um bocadinho com mais bola e com jogadores muitos fortes na transição. Isso vai-se manter, com algumas nuances devido às características dos treinadores. A única coisa que haverá em comum é que será muito difícil vencer em Famalicão, mas estamos preparados para isso», destacou.

Um jogo que poderá ditar o xeque-mate na Liga, mas Amorim prefere não antecipar o que vai dizer aos jogadores. «Parte da conversa será no momento, portanto não vou dizer já porque tenho de sentir no momento aquilo que lhes digo. Não vou dizer isso porque, mesmo ganhando ou perdendo, vou ter de responder aqui antes dos outros jogos. Só quando tivermos com a taça na mão, se isso acontecer, é que será o xeque no título. Até lá temos de ganhar os nossos jogos», comentou ainda Ruben Amorim.

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