Amorim e o Famalicão: «Temos de matar a esperança dos adversários»

15 abr, 14:30

Treinador fala na importância do jogo que vai permitir acertar o calendário

No dia em que se soube que o jogo do Sporting em Famalicão ia ser adiado, Frederico Varandas, presidente do Sporting, referiu que o objetivo da equipa passava chegar a esse jogo destacado no primeiro lugar e com possibilidades de o reforçar, o que veio de facto a acontecer. Ruben Amorim recordou esse momento, esta segunda-feira, na antevisão da visita a Vila Nova de Famalicão e diz que o jogo é importante, acima de tudo, para «tirar esperanças aos adversários».

«Em relação a essa situação, tivemos de pensar dessa maneira, também por toda a envolvência que havia depois desse jogo. Os nossos adeptos ficaram bastante stressados nessa altura e o que nós quisemos demonstrar foi confiança naquilo que estávamos a fazer. A ideia era chegar a esse jogo, não queria usar a expressão a “depender desse jogo”, porque nós dependemos desse jogo, continuamos a depender, mas queríamos chegar já na frente e poder aumentar a vantagem», começou por destacar.

O Sporting chegou a este jogo na frente, mas ainda vai ter de o vencer. «Isso aconteceu e certamente que vai ser um jogo muito complicado frente uma equipa que, nos últimos três jogos, não perdeu, tem duas vitórias e empatou o Dragão. Tem um treinador que nós, o ano passado, não conseguimos ganhar e tivemos muitas dificuldades. É um jogo difícil onde nós queremos aumentar a vantagem», acrescentou.

Um jogo que tem sido apontado como crucial, mas Amorim espera, acima de tudo, um jogo difícil. «O Famalicão vem-nos a habituar que é um viveiro de bons jogadores e isso também dificulta o trabalho dos treinadores lá, porque tem muitos jogadores, há uma rotação grande porque entende-se que o projeto passa muito por essa valorização de jovens jogadores que torna difícil aos treinadores trabalharem. Têm muito talento, mas é muita gente nova», referiu.

O Sporting tem a possibilidade de dar um passo firme rumos ao título, mas Amorim garante que o grupo não está ansioso. «Não senti a equipa nada ansiosa, o que percebi é que todas as sensações que tivemos com o Gil Vicente e um bocadinho aquela facilidade que nós também provocámos, este jogo vai ser diferente. A equipa do Famalicão é muito mais agressiva e isso vamos sentir no jogo.  Estamos preparados para isso, são muito mais perigosos no último terço porque têm uma capacidade física diferente. Não digo que sejam melhores jogadores do que o Gil Vicente, mas a verdade é que fisicamente têm uma capacidade diferente», destacou.

Entre os jogadores do Famalicão, Amorim destaca um em particular: Jhonder Cádiz. «Têm um jogador que é especial dentro da área e no jogo de cabeça. São fortes nas transições e nós já conhecemos bem, não só aforma de jogar do Famalicão, mas fomos olhar para os nossos jogos com o Arouca porque a ideia mantém-se, tanto podem pressionar um bocadinho mais altos em certas fases do jogo, como podem ter uma linha de cinco, seis e, às vezes, de sete, quando estão a defender junto à área. Tudo isso vai criar muitos problemas na nossa equipa, portanto diria que estamos à espera de um jogo difícil, um jogo que queremos ganhar, mas a semana foi tranquila e estamos preparados», garantiu.

Quanto à importância do jogo em atraso, Amorim diz que tudo é relativo. «É muito importante, não há como esconder porque, mais do que nós acreditarmos, sabermos que é possível ser campeão, sabemos sempre da importância do jogo, mas principalmente, para mim, é a esperança que tiramos um bocadinho aos adversários. Isso tem muito impacto daquilo que vai ser o desenrolar do campeonato. Estamos preparados para fazer o nosso jogo, queremos muito ganhar, acima de tudo, porque já estivemos do outro lado», destacou.

O treinador recordou o seu segundo ano no Sporting em que lutou pelo título até perto do final com o FC Porto. «No segundo ano andávamos sempre à espera que o FC Porto perdesse e foi difícil até ao fim. Não podemos dar esperança aos adversários, queremos muito ganhar. Não vou dizer que é o mais importante, senão depois vou ter de estar aqui a dizer que o jogo contra o Vitória é que é o mais importante. Todos são importantes, o que acho é que com o desenrolar do campeonato, quanto menos jogos houver, temos de matar a esperança dos adversários e ganhar ainda mais fôlego», insistiu.

Fora deste jogo está Matheus Reis que se lesionou no decorrer de um treino. «Não está disponível, não vai ser convocado, ainda está a fazer tratamento. Ainda nem começou a fazer poucas coisas no campo, portanto ainda vai demorar um bocadinho», destacou ainda.

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