Sporting-Estoril, 5-1 (crónica)

Rafael Vaz , Estádio de Alvalade, Lisboa
5 jan, 20:39

Um Leão avesso a surpresas, e com uma certeza

Este Leão é líder, e é avesso a surpresas, e por isso não foi na cantiga do sensacional Estoril e entrou em 2024 com o pé direito: vitória em Alvalade por 5-1 na abertura da jornada 16 da Liga.

Desta vez, Viktor Gyökeres não apareceu com a máscara de goleador, «roubada» esta noite por Marcus Edwards. O sueco, no entanto, mascarou-se de assistente e foi decisivo como tantas vezes tem sido nos últimos meses.

Mas já lá vamos.

Líder do campeonato, o Sporting defendia a consolidação desse posto esta sexta-feira. Do outro lado, no entanto, tinha um adversário traiçoeiro.

Um leão que não pestanejou

O Estoril começou mal a época, andou pelos lugares de descida, mas desde que Vasco Seabra chegou ao emblema da Linha a situação mudou e os canarinhos têm sido, indiscutivelmente, uma das melhores equipas da Liga. Inclusivamente já havia vencido por duas vezes o FC Porto e obrigou o Benfica a uma noite complicada na Amoreira.

Mas o leão parece avesso a quase tudo esta temporada e nem pestanejou na hora de se impor frente a uma das sensações de 2023/24.

Já sem os ausentes Ousmane Diomande e Hide Morita – ao serviço das respetivas seleções – e ainda sem o lesionado Coates, Amorim entregou a titularidade a Eduardo Quaresma na defesa e Daniel Bragança na zona central do terreno.

Mas mesmo com outros intérpretes, praticamente só deu Sporting do início ao fim.

O Estoril, por ser uma equipa que quer e que joga bem, até conseguiu quebrar várias vezes a primeira linha de pressão dos comandados de Ruben Amorim. Mas chegado a essa fase, e ao contrário do que tem acontecido, faltou quase sempre outro tipo de acerto na definição.

FILME E FICHA DO JOGO.

E o Sporting foi o Sporting de sempre. Baixou quando teve de baixar e foi felino a atacar as debilidades do adversário. O Estoril joga como equipa grande e há um homem que é exímio a explorar o campo aberto: Viktor Gyökeres.

Desta vez não marcou, mas foi absolutamente decisivo em quatro dos cinco golos que construíram a goleada verde e branca: assistiu Edwards nos primeiros dois, com dois grandes lances individuais, e «arrastou» a marcação no 4-0 de Pote que fechou as contas. Antes, no 3-0, é dele o passe para Nuno Santos, embora com menos influência.

Golos houve, festa também

Os golos foram aparecendo, a festa foi-se fazendo e a noite, que até se antecipava mais complicada, foi um descanso para Ruben Amorim. O técnico teve uma resposta à altura no primeiro jogo sem os internacionais, deu minutos a jogadores menos utilizados e viu futebolistas como Essugo e Trincão – que golaço para o 5-0 – ganharem confiança para o que aí vem.

Numa exibição quase imaculada, só mesmo o golo de Cassiano, a oito minutos dos 90, pôs uma mancha na noite leonina.

O ano virou, os adeptos continuam a pedir o Sporting campeão, e a esta altura do campeonato, Alvalade já tem uma certeza: esta equipa é capaz de chegar ao título.

Se depois vai conseguir, isso já é outra conversa. Mas para já, é isto que fica desta primeira noite de bola de 2024 em Alvalade.

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