Amorim: «Clássico? Não interessa quem está melhor ou pior»

6 mai 2022, 12:42

Treinador do Sporting diz que o clube tem de pensar sempre em títulos, pelo que desvaloriza possibilidade de entrar em campo, frente ao Portimonense, já com o título perdido

Ruben Amorim garante que o foco do Sporting está apenas na visita ao Portimonense, pelo que a relevância do Clássico entre Benfica e FC Porto torna-se relativa. Questionado se a palavra "título" ainda entra no balneário leonino, o técnico respondeu que essa deve ser a realidade diária.

«No Sporting temos sempre de pensar em títulos. Sabemos a diferença de pontos, mas temos de ganhar o nosso jogo e somar pontos, independentemente do que acontecer antes. Haverá um campeão no final da época, mas o nosso projeto é muito longo. Pode existir já campeão [antes da entrada em campo do Sporting], mas temos de começar logo aí a preparar a próxima época. Não controlamos o outro jogo, controlamos a nossa forma de jogar, pelo que a atitude tem de ser a mesma», referiu.

Questionado sobre qual o rival que encara o Clássico em melhor momento de forma, Amorim deixou essa análise para os comentadores.

«Não vou fazer essa avaliação. Isso é para os comentadores. O nosso foco está apenas no Portimonense. Obviamente que, para manter a luta pelo título, só um resultado interessa. Não interessa quem está melhor ou pior», acrescentou.

Mais à frente, o técnico foi questionado qual o grau de confiança que tem na possibilidade de o título ser atribuído apenas na última jornada, ele que já deu o título como perdido acendeu agora uma ténue luz.

«Já se falhou bastente do treinador ter deitado a toalha ao chão. Eu sou muto pragmático e desde a derrota com o Benfica que não acredito muito e sou sincero quando estou a falar convosco. E digo que não acredito muito porque também não muda a forma como vamos abordar os outros jogos. Os jogadores do Sporting não têm hipótese de abordar os outros jogos. Sendo campeões ou não estando a lutar pelo títulos, eles têm de jogar sempre da mesma forma, se não perdem o lugar e isso é muito claro aqui. O projeto e os campeonatos não acabam hoje e eles [jogadores] sabem que estas coisas ficam marcadas em mim, porque conhecem-me bem. Não tenho problemas em que eles baixem a guarda, a capacidade de treino ou de enfrentar os desafios, por dizer que não acredito que o FC Porto perca tantos pontos. E não acredito, mas no futebol tudo é possível», apontou, dizendo depois encontrar razões para manter a equipa motivada mesmo que entre em campo em Portimão já com o título entregue ao FC Porto.

«Queremos fazer o mesmo número de pontos da época passada. Fizemos um grande número de jogos e podemos fazer os mesmos pontos. É fácil motivar a equipa se ela quiser sempre crescer e provar que as pessoas estão erradas. Temos uma percentagem de vitórias com este grupo e se a quisermos manter acima dos 70 por cento é fácil motivá-los: é mostrar os números e quem tem brio, e os meus jogadores e a equipa técnica têm, quer sempre ganhar. O grau de otimismo? É muito grande em relação ao futuro do Sporting. Relativamente ao FC Porto perder os dois jogos finais, é pequenino, mas tudo pode acontecer», rematou.

(artigo atualizado)

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