Sindicato anuncia que presidente da Tratolixo colocou lugar à disposição. Empresa não confirma

Agência Lusa , HCL
10 dez 2022, 20:49
Tratolixo (Lusa/Rodrigo Antunes)

Responsável pela comunicação da Tratolixo não confirmou a saída do presidente do conselho de administração e remeteu informações para segunda-feira

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) manifestou-se  satisfeito pela adesão à greve dos trabalhadores da Tratolixo e espera negociar o acordo de empresa com a nova administração.

Os trabalhadores da Tratolixo, responsável pelo tratamento de lixo nos municípios de Sintra, Oeiras, Cascais e Mafra, terminam este sábado dois dias de greve, que teve uma adesão de 95%, disse à agência Lusa Carlos Fernandes, do STAL.

Questionado sobre se houve algum contacto com a Tratolixo durante a paralisação, Carlos Fernandes disse que o sindicato soube informalmente que o presidente do conselho de administração da empresa, João Manuel Teixeira, pôs o lugar à disposição.

Para o sindicalista, a saída do presidente da Tratolixo - que tinha sido reconduzido no cargo em janeiro deste ano - "dá uma certa esperança para as negociações futuras, visto ser ele o entrave dos últimos três anos em relação à negociação do acordo de empresa".

Contactada pela agência Lusa, a responsável pela comunicação da Tratolixo não confirmou a saída do presidente do conselho de administração e remeteu informações para segunda-feira, assim como o seu próprio balanço da paralisação dos trabalhadores.

Segundo o STAL, estava prevista uma reunião formal na próxima semana com a administração, mas que deverá ser adiada porque "até ao final do ano não vai haver administrador".

A paralisação dos trabalhadores da Tratolixo foi convocada pelo STAL com revindicações de melhorias salariais e para contestar a "ausência de respostas por parte da administração da empresa", disse Carlos Fernandes à agência Lusa nas vésperas da greve.

"Andamos há mais de três anos a negociar um acordo de empresa, de uma forma informal, sem a presença de qualquer membro do conselho de administração, para desbloquear as principais reivindicações dos trabalhadores. O conselho de administração não nos responde", queixou-se.

Segundo o sindicalista, entre as principais reivindicações dos trabalhadores da Tratolixo está um aumento de 100 euros para 2023, a atribuição para todos do suplemento de insalubridade, penosidade e risco, e que sejam estabelecidas as 35 horas de trabalho semanal para todos.

A Tratolixo é uma empresa intermunicipal certificada, detida em 100% pela AMTRES – Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o tratamento de resíduos sólidos e responsável pelo serviço público de tratamento de resíduos urbanos produzidos pelos mais de 800.000 habitantes dos municípios deste sistema de gestão de resíduos urbanos.

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