«Roménia mais difícil» para Figo

13 jun 2000, 01:04

Médio português procura evitar euforias Figo defende que Portugal teve sempre o jogo controlado, ao mesmo tempo que alerta para as dificuldades do próximo jogo. Couto e Vidigal fala das correcções na defesa que ajudaram a decidir a partida

EINDHOVEN - Apesar da demonstração de força frente à Inglaterra, Figo prefere refrear o entusiasmo sobre as ambições da selecção portuguesa. «O nosso objectivo é chegar o mais longe possível. Temos um jogo muito difícil no sábado, se calhar ainda mais difícil do que este, já que a Roménia nos conhece muito bem», alerta o número 7 português. 

«Acho que apesar dos golos sofridos já tinhamos entrado bem no jogo e a forma como soubemos reagir demonstra a nossa força interior. Durante a primeira parte, tivémos que trabalhar muito fisicamente para recuperar da desvantagem e o desgaste fez-nos recuar um pouco na segunda parte, mas ainda assim tivemos sempre o jogo controlado. Ao intervalo conversámos sobre os problemas na recuperação da segunda bola e resolvemos a maior parte dos problemas defensivos», afirma Figo, para concluir: «Foi um resultado extremamente positivo e uma grande exibição.» 

Vidigal e Couto comentam reorganização defensiva 

No início do jogo Portugal denunciou algumas dificuldades defensivas na cobertura aos jogadores que apareciam a dobrar os avançados. A correcção desse problema foi uma das chaves do jogo, como comenta Fernando Couto: «Sabíamos que eles eram perigosos na segunda bola. Eu e o Jorge (Costa) estávamos a jogar de um para um, por isso precisávamos de apoio para as entradas dos médios. Felizmente conseguimos corrigir isso durante o jogo.»  

Para o central português, a vitória deveu-se a um esforço colectivo: «Foi um jogo muito intenso, muito forte e muito desgastante. Todos fizémos um grande esforço e a forma como chegámos à vitória é muito moralizadora.» 

«Já sabíamos que tinhamos pela frente um futebol muito físico que nos surpreendeu com dois golos de entrada, mas apesar disso respondemos bem: o Vitor não teve de fazer uma defesa em todo o jogo. A partir do momento em que nos encaixámos com o estilo de jogo deles mandámos no jogo até ao fim», observa por sua vez Vidigal, que não esconde o deslumbramento pela experiência de Eindhoven. «Foi um jogo inesquecível, na primeira vez que me apresentei num palco com esta grandiosidade. O fundamental da nossa vitória foi o espírito de grupo que mostrámos na reviravolta. Isso e os acertos tácticos que fizemos ao intervalo», afirma o médio do Sporting.

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