Técnico falou da condição física e da importância de Ronaldo na equipa
Fernando Santos falou do regresso de Pepe e Ronaldo aos trabalhos da seleção nacional, da condição física do capitão da equipa das ‘quinas’ e da importância que tem na equipa, numa entrevista ao jornal espanhol «Marca». Por último, confessou que Portugal já devia ter conquistado uma grande competição.
Pepe e Cristiano Ronaldo já se juntaram aos restantes colegas na Cidade do Futebol, depois de conquistarem a Liga dos Campeões pelo Real Madrid. O selecionador nacional considera que o novo troféu conquistado dá mais motivação aos atletas.
«É muito importante para eles, ainda que tenham chegado mais tarde. Mas é normal, precisavam de uns dias de férias. É melhor para todos que cheguem felizes e com o estímulo extra de terem ganho a ‘Champions’», frisou.
Os dois jogadores dos ‘merengues’ podem ser utilizados pelo treinador português na partida frente à Estónia, embora existam dúvidas em relação a condição física do número 7 da seleção. Fernando Santos garantiu que, para não se repetir o que aconteceu em 2014, a equipa médica portuguesa avaliou a condição física de CR7 para planear o seu repouso antes de voltar ao trabalho.
«Fala-se sempre que os jogadores tem que chegar a 100% mas isso nunca é a realidade. No futebol, não é verdade. Há sempre exceções. Obviamente, o ideal era que estivesse no máximo, mas nunca deixaria de convocar o Cristiano se ele tivesse a 80%. Teríamos muita atenção na sua preparação para que não tivesse mais desgaste. Outra coisa era uma lesão que o impedisse de jogar. Sei em que estado chegou depois da final de Lisboa e todos os problemas que teve», referiu o técnico.
À partida, e salvo algum contratempo, o central luso-brasileiro e o Ronaldo devem integrar o onze português em França. O selecionador português não escondeu a importância que o madeirense tem nas ambições da seleção nacional.
«Se no Real Madrid é importante, pensem em Portugal. Tem a mesma importância ou mais. Quando tens alguém que faz 50 ou 60 golos por temporada e que pode sempre marcar, é sem dúvida um jogador vital. Impossível de quantificar. Mas o Cristiano não pode ganhar sozinho. Ninguém ganha jogos sozinho. Precisa da ajuda dos colegas, mas é mais importante que no Real Madrid.
Depois de perdida a final do Euro2004 e de ter caído aos pés da Espanha nas meias-finais em 2012, o antigo selecionador da Grécia considera que já é o momento de Portugal ganhar um título numa grande competição.
«Se pensarmos nas gerações que temos tido, acho que sim. Portugal já devia ter ganho um Euro, mas isto não funciona assim, também existiram gerações fantásticas em Espanha que nunca venceram. De repente ganharam duas vezes. Vejam o exemplo da Grécia: nunca ninguém imaginou que podiam ser campeões», assegurou.
