Relatos de moradores no Bairro Militar dão conta de ocorrências de tiroteios e de uma explosão
Um grupo de homens invadiu esta noite o quartel militar de São Tomé e Príncipe, fazendo um refém e um ferido grave, tendo o ataque sido neutralizado ao início da manhã, disseram à Lusa fontes locais.
“Quatro homens quiseram assaltar o quartel e fizeram refém o oficial de dia”, indicou fonte do Governo, que referiu que o ataque teve início pouco depois das 00:00 de hoje (mesma hora em Lisboa).
O assalto, adiantou a mesma fonte, foi “neutralizado por volta das 06:00 da manhã”, com a detenção dos elementos e já foi aberto um processo de investigação.
Segundo fonte médica, durante o ataque, um homem ficou ferido com gravidade devido a agressões, mas já se encontra a recuperar.
A mesma fonte adiantou que os assaltantes tinham idades entre os 21 e os 24 anos e tiveram ajuda de “alguns soldados internos, que permitiram a entrada no quartel”.
Relatos de moradores no Bairro Militar dão conta de ocorrências de tiroteios e de uma explosão. Esta sexta-feira de manhã os acessos ao local estavam bloqueados.
Ex-presidente do parlamento são-tomense detido
O ex-presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe e Delfim Neves foi detido esta manhã, na sequência de um ataque ao quartel militar, entretanto neutralizado, anunciou o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada.
"Fomos alvo de uma tentativa de golpe, que começou por volta das 00:40 e que teve o seu desfecho, em termos operacionais, pouco depois das 06:00 [horas locais, mesma hora em Lisboa]", disse o chefe do Governo, numa conferência de imprensa.
Patrice Trovoada adiantou que "tudo indica" que o ataque ocorreu "a mando de algumas personalidades".
"O Estado Maior informou-me que detiveram algumas pessoas, na base de declarações do primeiro grupo de quatro [atacantes] que foi detido e neutralizado. Alguns nomes mais conhecidos, Arlécio Costa, está detido no quartel e Delfim Neves também está detido no quartel", avançou o primeiro-ministro.