Salman Rushdie interrogava-se desde 1989 sobre quem o iria matar

Agência Lusa , DCT
13 abr, 08:19
Salman Rushdie (Associted Press)

O autor de 76 anos leu um extrato da sua nova obra para a cadeira televisiva norte-americana CBS News, em emissão que vai ser difundida no domingo.

A viver desde 1989 sob ameaça de morte, depois de emissão de uma ‘fatwa’ [decreto religioso] emitida pelo regime iraniano, Salman Rushdie desde há muito que se interrogava sobre quem o iria matar, revelou o próprio na sexta-feira.

E quando foi apunhalado em 2022, detalhou, o seu primeiro pensamento foi: “Então és tu!”.

O escritor britânico-norte-americano conta as suas reflexões sobre esta agressão em público, que o conduziu ao artigo da morte em “A Faca”, que vai ser publicado em 16 de abril nos EUA e 18 de abril em França.

Salman Rushdie foi agredido à facada em agosto de 2022, durante uma conferência literária, em Chautauqua, na região de Nova Iorque, por um norte-americano de origem libanesa, suspeito de ser simpatizante da República Islâmica do Irão. Ferido gravemente, o escritor veio depois a perder um olho.

O autor de 76 anos leu um extrato da sua nova obra para a cadeira televisiva norte-americana CBS News, em emissão que vai ser difundida no domingo.

Nascido em Bombaim, em 1947, Salman Rushdie publicou o seu primeiro romance – Grimus – em 1975.

Autor de 15 romances, contos para a juventude e ensaios, recebeu em 1981 o Prémio Booker pelo livro “As Crianças da Meia-Noite”.

O escritor incendiou parte do mundo muçulmano com a publicação da obra “Versículos Satânicos”, em 1988, que levou o fundador da República Islâmica, o aiatola Ruhollah Khomeini, a emitir uma ‘fatwa’ a ordenar a sua morte.

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