Arguida que roubou vítima com "pulseira da sorte" fica em prisão preventiva

Agência Lusa , CF
14 mar 2023, 13:10
Hospital de Santa Maria. Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP via Getty Images

Roubo e sequestro aconteceram junto do Hospital de Santa Maria, em Lisboa

Uma arguida que abordou a vítima colocando-lhe uma "pulseira da sorte" e depois a ameaçou com um objeto cortante para obter o dinheiro que esta tinha no banco, ficou em prisão preventiva, informou esta terça-feira o Ministério Público.

Segundo uma nota informativa do Ministério Público (MP) de Lisboa, resulta da investigação que, em 27 de fevereiro último, a arguida se aproximou da vítima e colocou-lhe uma pulseira no pulso, dizendo que "era para sua proteção e para lhe dar sorte". A ofendida disse não pretender a pulseira, mas a arguida agarrou-a pelo braço e caminhou lado a lado com ela até junto do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

"Tentando afastar a arguida, a vítima entregou-lhe 40 euros, mas a arguida, enquanto referia que a pulseira era muito mais valiosa, levou-a para uma zona menos movimentada e encostou-lhe um objeto pontiagudo à barriga. De seguida, conduziu a ofendida até uma paragem do autocarro, onde apanharam um transporte público. A arguida deu ordens à ofendida para saírem numa paragem junto ao Hospital Júlio de Matos, seguindo depois a pé, sempre de braço dado, até à dependência bancária, exigindo pelo caminho que a vítima lhe desse 2.000 euros", relata o MP.

Por receio - indica o MP - a vítima dirigiu-se ao balcão da instituição bancária, tendo levantado 732 euros, ou seja, todo o dinheiro que tinha na conta.

"Assim que saiu para o exterior, a arguida deu-lhe imediatamente o braço e encaminhou-a para apanharem novamente um transporte público. Já no interior do autocarro, e sob ameaça de um objeto cortante e pontiagudo, a arguida exigiu que a vitima lhe passasse o dinheiro", descreveu ainda o MP, referindo que a autora do crime, detida fora de flagrante delito, ficou em prisão preventiva por decisão judicial proferida na semana passada.

A investigação é dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, com a coadjuvação da PSP.

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