Mais impostos sobre o tabaco? Controlo do tabagismo não pode passar só pela saúde, alerta Rita Sá Machado

29 fev, 15:52
Fumar (D.R.)

Durante a CNN Summit dedicada à saúde e ao ambiente, a diretora-geral da saúde defendeu a necessidade de maiores "esforços" governativos no controlo do tabagismo

A diretora-geral da saúde reconhece que o controlo do tabagismo se deve prender, para além da saúde, com questões financeiras, como a subida do imposto sobre o tabaco. Rita Sá Machado apela a maiores “esforços” em todas as áreas governativas.

“O que sabemos é que as grandes dimensões para o controlo do tabagismo se focam em questões mais financeiras, como o aumento dos impostos, aquilo que são questões que não são do foro da saúde, o que designamos de saúde em todas as políticas”, afirmou a responsável, durante a CNN Summit dedicada à saúde e ao ambiente, esta quinta-feira, no Centro Cultural de Belém.

Questionada sobre se a lei é suficiente ou se devia ser mais apertada, Rita Sá Machado não deixou dúvidas. “Se quisermos realmente ter esta abrangência a uma geração livre de tabaco, temos de fazer um maior número de esforços em todas as áreas governativas”, apelou.

Apesar de o consumo de tabaco ter recuado nos últimos anos entre os adultos, as estatísticas mostram que pelo menos 37 milhões de jovens são consumidores de tabaco, sendo que 10% entre os 13 e os 15 anos em todo o mundo consomem um ou mais tipos de tabaco. Pelo menos 12 milhões utilizam novos produtos, como os cigarros eletrónicos.

Rita Sá Machado reconheceu ainda que este “não é um problema de agora” e que o programa de controlo da Direção-Geral da Saúde tem um papel “prioritário”. Por este motivo, a responsável lembrou que a entidade mantém campanhas de literacia nas escolas, que permitem aos mais novos “partilharem as suas experiências e alertar para os novos produtos”.

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