Rainha da Dinamarca anuncia que vai abdicar do trono durante o discurso de Ano Novo

CNN Portugal , com Lusa
31 dez 2023, 17:46
Rainha Margarida diz que “subestimou” o quanto o seu filho mais novo e a sua família seriam afetados pela sua decisão. Steffi Loos/Getty Images

A monarca de 83 anos abdicou a favor do filho mais velho

A Rainha Margarida II da Dinamarca anunciou este domingo que vai abdicar do trono durante o discurso de Ano Novo. A monarca, que esteve 52 anos no trono do país, será sucedida pelo seu filho mais velho, o príncipe Frederico.

Durante o habitual discurso de Ano Novo, a rainha causou surpresa ao afirmar ser "o momento certo" para abdicar do trono. Margarida II vai entregar o trono a Frederico X no dia 14 de janeiro de 2024.

"Decidi que agora é o momento certo. No dia 14 de janeiro - 52 anos após ter sucedido ao meu amado pai - irei abandonar o cargo de rainha da Dinamarca. Deixo o trono para o meu filho, o príncipe herdeiro Frederico", anunciou a monarca que ocupou o cargo durante mais tempo.

Margarida II, que após a morte da rainha de Inglaterra, Isabel II, se tornou na única mulher à frente de uma casa real reinante na Europa, explicou no seu discurso que a cirurgia às costas a que se submeteu em fevereiro a fez pensar no futuro "e se teria chegado o momento de deixar a responsabilidade à geração seguinte".

A rainha, que subiu ao trono em 1972 após a morte do pai, Frederico IX, tornou-se a monarca que mais tempo reinou na Dinamarca.

Quer na Dinamarca, quer nas outras monarquias nórdicas, não há tradição de abdicar, e o habitual é os monarcas exercerem o mandato até à morte.

Margarida II já tinha afirmado publicamente não ter intenções de abandonar o trono e que a condição de rainha "era um dever para toda a vida".

O primogénito, de 55 anos, assumirá o trono no mesmo dia da abdicação da mãe, depois de um Conselho de Estado, e reinará com o nome de Frederico X.

"Esta noite quero sobretudo agradecer, agradecer o apoio e carinho esmagadores que recebi ao longo dos anos", disse a monarca, que pediu "a mesma confiança e afeto" para o futuro rei e para a mulher, a princesa Mary.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, agradeceu em comunicado à rainha a "sua dedicação de uma vida e incansável trabalho em prol da Dinamarca".

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