Milhares de professores em Lisboa para manifestação nacional de protesto

Agência Lusa , AM
11 fev 2023, 15:14

São esperadas mais de cem mil pessoas. Marcha vai descer a Avenida da Liberdade até ao Terreiro do Paço

Milhares de professores estão concentrados no Marquês de Pombal, em Lisboa, para a manifestação nacional, que a Fenprof prevê poder juntar mais de 100.000 pessoas.

Professores de todo o país vão participar na manifestação nacional que arranca do Marquês de Pombal numa marcha que vai descer a Avenida da Liberdade e continuar até ao Terreiro do Paço.

Ao som de apitos e bombos, e acompanhados por um grande dispositivo policial, os manifestantes empunham faixas, bandeiras e t-shirts que servem de tela para as suas reivindicações. "Respeitar os professores. Valorizar a profissão" são as palavras de ordem que abrem a marcha sendo que "Respeito" é, de resto, a palavra que mais se lê nas faixas, cartazes e t-shirts que trazem os manifestantes.

A manifestação nacional, em Lisboa, é convocada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), mas conta também com a participação da Federação Nacional de Educação (FNE) e outras sete organizações sindicais, bem como da Associação de Oficiais das Forças Armadas e de representantes da PSP.

O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), que ainda tem uma greve a decorrer nas escolas, não faz parte dos organizadores, mas já anunciou que vai estar presente.

As duas últimas grandes manifestações em Lisboa aconteceram em janeiro e foram organizadas pelo STOP, levando milhares de docentes para as ruas gritar por "Respeito" e "Melhores Condições de Trabalho".

No início do ano letivo, a tutela decidiu iniciar um processo negocial para rever o modelo de contratação e colocação de professores, mas algumas propostas deixaram os professores revoltados, como foi o caso da possibilidade de os diretores poderem escolher parte da sua equipa.

Desde então, as negociações entre sindicatos e ministério têm decorrido em ambiente de forte contestação, com os professores a realizarem greves e manifestações.

Fora da agenda negocial, estão reivindicações que os professores dizem que não vão abandonar, tais como a recuperação do tempo de serviço ou as progressões na carreira que os docentes.

A plataforma sindical que organizou o protesto de hoje prometeu que no final da manifestação serão apresentadas futuras ações de protesto.

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