Pedro Nuno pede que votos se concentrem no PS e não se dispersem pela esquerda

Agência Lusa , MM
8 mar, 12:46

Numa arruada em Lisboa, candidato socialista foi confrontado pelo professor que alega dormir numa carrinha em Elvas, mas afastou-se dele e deixou que o homem fosse afastado pela segurança

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, pediu esta sexta-feira a quem quer derrotar a Aliança Democrática (AD) no domingo, nas eleições legislativas, que concentre os votos nos socialistas e não os dispersem à esquerda.

Esta posição foi transmitida por Pedro Nuno Santos no final de uma arruada em Moscavide, concelho de Loures, ocasião em que também desvalorizou os cenários eleitorais que, segundo o semanário Expresso, estão já na cabeça do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, designadamente se houver uma maioria AD/Iniciativa Liberal, sem o Chega.

Porém, para o secretário-geral do PS, o Presidente da República “não vai ter essa preocupação”.

“O que vai ter é uma vitória do PS no domingo.”, contrapôs, já depois de ter falado ao jornalistas sobre o que, na sua perspetiva, se joga fundamentalmente nas eleições de domingo.

“Precisamos do máximo de votos possível para derrotar a direita, sem dispersar votos à esquerda. Precisamos mesmo de derrotar a direita e isso só se faz com o voto no PS. Estou a pedir o melhor resultado possível, uma maioria para podermos governar e termos estabilidade em Portugal”, justificou.

Já no final da tradicional arruada socialista em Moscavide, iniciativa que aos socialistas serve normalmente como um aquecimento para a descida do Chiado ao início da tarde, Pedro Nuno Santos reiterou essa mensagem: “Que ninguém se engane, só vamos conseguir continuar a aprofundar os direitos das mulheres, dos trabalhadores e dos jovens se o PS ganhar as eleições”.

“Não dispersemos os votos, porque esta eleição é demasiado importante. Vamos concentrar o nosso voto no PS, porque este partido é e será sempre um porto seguro para os portugueses”, sustentou.

O secretário-geral do PS voltou a assumir que sabe que “há quem esteja insatisfeito, mas é importante que haja consciência que não é na AD que essas pessoas encontram as soluções”.

Neste contexto, insistiu no seu dualismo entre mudança boa, a do PS, e mudança má, a da AD.

“A mudança que a AD promete é uma mudança para o passado. Nós queremos avançar e queremos que aqueles que confiaram no PS em 2019 e 2022 não se esqueçam da forma como nós conseguimos ultrapassar as crises da pandemia [da covid-19] e da inflação sem atingir quem trabalha, sem atingir os pensionistas e os reformados”, salientou.

A ação de campanha ficou também marcada por um pequeno incidente quando um professor, que se tem queixado de dormir num automóvel em Elvas por falta de condições financeiras, se tentou aproximar do líder socialista.

O professor, aparentemente algo exaltado, pediu um minuto de atenção a Pedro Nuno Santos, mas o líder socialista afastou-se dele. Os elementos que rodeiam o secretário-geral do PS travaram depois o professor na sua tentativa de aproximação ao líder e o desfile prosseguiu pelas ruas centrais de Moscavide.

Ao lado de Pedro Nuno Santos, esteve o presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, a cabeça de lista socialista por Lisboa, Mariana Vieira da Silva, a vice-presidente da Assembleia da República Edite Estrela, deputados como Marcos Perestrello e Isabel Moreira, e a eurodeputada Margarida Marques.

No final da arruada, a ministra da Presidência surpreendeu quando pegou num microfone e com elevada descontração declarou: “Votem no PS”.

“Somos tantos, tantos, tantos com Pedro Nuno Santos”, disse.

A seguir, já com alguma chuva, Ricardo Leão referiu-se aos tempos em que Pedro Nuno Santos desempenhou funções governativas.

“Esteve sempre perto dos presidente de Câmara, sempre que se lhe pediu alguma coisa atendeu o telefone, marcava reuniões e resolvia. É um homem destes que precisamos como primeiro-ministro”, acrescentou.

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