Marcelo diz que Portugal tem de “tomar partido” da localização na nova geopolítica

Agência Lusa
3 mai 2022, 22:53
Marcelo Rebelo de Sousa discursa na tomada de posse do novo Governo (Miguel A. Lopes/Lusa)

O Presidente da República exalta as "vantagens comparativas" da localização geográfica e estabilidade política do país, que se destacam da “geopolítica que está a nascer agora” com a guerra na Ucrânia

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta terça-feira que as vantagens geográficas e geopolíticas de Portugal devem ser valorizadas, sobretudo no atual contexto de guerra.

"Para o turismo, não é indiferente o facto de a nossa localização geográfica ser mais distante do que outras sociedades, economias e países, que estão mais próximos daquilo que aos olhos dos turistas aparece como sendo o centro do conflito", disse, numa referência à guerra na Ucrânia.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "para quem opta, em termos de turismo, faz diferença ser muito próximo daquilo que consideram ser o centro do conflito ou mais longe", salientando a "sociedade estável, segura, comparando com os índices de estabilidade politica e segurança de outras", de que Portugal usufrui.

"De facto temos vantagens comparativas e temos que tomar partido delas", defendeu, em declarações aos jornalistas, no Porto, onde compareceu na apresentação do estudo “Do pré ao pós pandemia: os novos desafios” e lançamento do Congresso “Portugal Empresarial”, promovidos pela AEP – Associação Empresarial de Portugal.

Alguns minutos antes, a discursar, o Presidente da República já tinha destacado a localização de Portugal na Europa e as vantagens dessa localização.

“Portugal tem uma ocasião singular favorável na localização geográfica e na geopolítica que está a nascer agora”, começou.

“Na Europa unida, e unida aos Estados Unidos da América, e durante uma guerra em que nós estamos na Europa, para efeitos de turismo e para outros, numa situação de estabilidade política e de possível aproveitamento das virtualidades da nova geopolítica no atlântico norte, atlântico sul, pontes europeias transatlânticas, fornecimentos energéticos, dependências energéticas que objetivamente são favorecidas por opções anteriores e fatores objetivos”, contextualizou.

O chefe de Estado falou ainda sobre o processo de descentralização, referindo que gostaria que este estivesse terminado até ao final de 2022.

"O processo em si mesmo descentralizador, em geral, uma vez que começou e tem vindo a processar-se ao longo de vários anos, com adiamentos consecutivos, que chegue o momento em que verdadeiramente se concluiu esse processo. Espero que seja até ao final de 2022", reforçou, depois, aos jornalistas.

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