BE critica falta de apoio do Governo aos casais inférteis

Redação , RS
3 set 2009, 14:26
Francisco Louçã

Bloquista lembrou as 300 mil casais que querem ter filhos e que precisam de apoio médico

O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, acusou esta quinta-feira o Governo de «falta de vontade política» no apoio aos casais inférteis, escreve a agência Lusa.

Louçã defendeu ainda a criação de «grandes centros de referência» de procriação medicamente assistida no país.

O líder bloquista fez uma visita ao Centro de Procriação Medicamente Assistida da maternidade Alfredo da Costa. No final, disse aos jornalistas que o Governo «devia ter concretizado em seis meses» a lei que regula este campo da medicina (aprovada no Parlamento em 2006) e «demorou três anos».

«Só este ano é que veio o dinheiro para remodelar este centro e falta vontade política para responder a esta urgência, 300 mil famílias que querem ter filhos e precisam de apoio médico, que pode resolver o problema e garantir essa gravidez tão desejada pelas pessoas», disse Louçã.

«A fila de espera é imensa, são preços altíssimos porque para um tratamento com vários ciclos, na hipótese de algum deles não resultar, como acontece com tanta frequência, significa que no privado se pagam cerca de 20 mil euros por um tratamento de infertilidade», considerou o líder do Bloco que lembrou a existência de 300 mil casais inférteis no país.

«Governo não tem respondido a algumas necessidades essenciais


O bloquista aproveitou para mencionar também que o BE foi o primeiro partido a apresentar uma lei sobre procriação medicamente assistida na Assembleia da República.

«O Governo não tem respondido a algumas necessidades essenciais, devia haver um banco público de material biológico para permitir o apoio aos casais que têm infertilidade e a garantia de que têm os recursos necessários para poderem concretizar uma gravidez, isso ainda não existe e é portanto nesse grande esforço público, em que as promessas têm sido mais que as realizações, que se tem de fazer a diferença», considerou.

Durante a visita, o director do Centro de Procriação Medicamente Assistida da maternidade Alfredo da Costa, Alberto Romeo, salientou que tem «aproximadamente 1000 casais em lista de espera» e revelou que actualmente dispõe de quatro ginecologistas e dois embriologistas e que «para um rendimento óptimo» do serviço que dirige «seria necessário ter seis ginecologistas e quatro embriologistas».

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