Três notícias do PSD: quem não vai ser líder parlamentar, quem se senta à direita no Parlamento, quem não se considera culpado pelos votos anulados aos emigrantes

10 fev 2022, 19:09

Rui Rio abordou a atualidade política do partido e do país. E não gostou da "brincadeira de mau gosto" da Iniciativa Liberal

O presidente do PSD afirmou esta quinta-feira que não aceita a pretensão da Iniciativa Liberal (IL) de se sentar ao centro no hemiciclo da Assembleia da República, entre socialistas e sociais-democratas. “Não aceitaremos isso de forma alguma e julgamos que está próximo de ser uma brincadeira de mau gosto”, afirmou Rui Rio numa declaração prestada no Parlamento aos jornalistas.

Para Rui Rio, “é absolutamente indiscutível que, do ponto de vista ideológico, a IL se situa “à direita do PSD, que é um partido social-democrata”. Rui Rio manifestou a posição “clara e inequívoca” do PSD contra esta alteração de posicionamento dos lugares na Assembleia da República e justificou: “A IL é um partido que defende uma privatização forte da economia, da Caixa Geral de Depósitos, da RTP, do Serviço Nacional de Saúde, da Segurança Social. Com isto não estou a criticar nem a aplaudir - estou a constatar, defende exatamente o contrário do PCP”, apontou.

Na quarta-feira foi conhecida a pretensão da IL de se sentar ao centro do hemiciclo, que já foi apresentada formalmente na conferência de líderes mas que só será discutida na próxima reunião deste órgão, marcada para dia 16.

PSD rejeita responsabilidade pela anulação de votos da emigração

O presidente do PSD rejeitou esta quinta-feira que a responsabilidade pela anulação de 157 mil votos da emigração seja “de quem reclamou” o cumprimento da lei, admitindo a necessidade de “revisitar” a lei eleitoral. “Se os votos que estavam sob protesto, que não trouxeram fotocópia do cartão de cidadão, não tivessem entrado na urna e tivessem ficado à espera da decisão, isto não aconteceria. A responsabilidade não é de quem reclamou, é de quem pegou neles e os misturou com os outros”, acusou Rui Rio, questionado pelos jornalistas.

O presidente do PSD frisou que a lei diz que os votos têm de ser acompanhados da identificação para garantir que foi aquela pessoa que votou. “Isso não aconteceu com uma série de votos e o PSD fez uma reclamação. Não era uma matéria muito grave se esses votos tivessem sido colocados à parte, à espera da deliberação final do juiz. O problema é que, apesar da reclamação do PSD, meteram esses votos nas urnas, juntamente com outros, e deu esta situação profundamente desagradável em que têm de se eliminar todos.”

A questão do líder parlamentar

Rui Rio disse esta quinta-feira que não será o próximo líder parlamentar do partido. Sem se querer adiantar muito sobre o assunto, disse apenas que não admite ser a solução para o futuro da liderança parlamentar do partido. “Isso não admito”, afirmou.

Já questionado sobre se admite que a solução possa passar pela continuidade do atual líder parlamentar, Adão Silva, até que se resolva a sucessão na presidência do partido, Rio escusou-se a responder. “Não tenho rigorosamente mais nada a dizer”, rematou.

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