Petróleo Brent cai quase 2% para mínimo desde 6 de outubro

Agência Lusa , FM
7 nov 2023, 12:00
Sistema de extração de petróleo (AP Photo/Matthew Brown, File)

O petróleo Brent caiu esta terça-feira quase 2% para cerca de 83,5 dólares por barril, um mínimo desde 6 de outubro, quando atingiu 83,44 dólares, antes do início da guerra entre Israel e o Hamas.

O petróleo Brent, o petróleo de referência na Europa, estava a ser negociado a 83,53 dólares por barril às 10:15, menos 1,94% que no fecho de segunda-feira.

Apesar da queda desta terça-feira, o petróleo está em alta desde o verão, depois de os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) terem anunciado cortes na produção, enquanto a procura continua a aumentar, sobretudo devido à economia chinesa.

No final de junho, o petróleo Brent estava a ser negociado ligeiramente acima dos 74 dólares por barril.

No entanto, os anúncios de cortes tanto da Arábia Saudita como da Rússia levaram o petróleo a subir mais de 12% acima daquele valor.

"Os últimos meses geraram movimentos interessantes no mercado do petróleo, depois da correção vivida durante o segundo semestre de 2022, os preços recuaram para cerca de 70 dólares por barril", afirma Diego Morín, analista de IG, num relatório.

Os analistas da Banca March citados pela Efe recordam no seu relatório diário que os dois países confirmaram que manterão os cortes voluntários na oferta de petróleo até finais de 2023, decidindo em dezembro se prolongam, aprofundam ou concluem a limitação do fornecimento.

Por outro lado, o mercado segue atento a evolução da guerra entre o Hamas e Israel, que adiciona incerteza às perspetivas e leva os investidores para ativos de refúgio.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, na conferência de imprensa depois da última decisão da entidade de manter as taxas de juro, já advertiu que os preços da energia podem subir mais devido ao aumento das tensões geopolíticas.

Lagarde sublinhou que "o aumento das tensões geopolíticas poderia aumentar os preços da energia a curto prazo, enquanto torna as perspetivas a médio prazo mais incertas".

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