Cada um dos quatro maiores grupos parlamentares tem direito a apresentar um candidato a vice-presidente da AR. Os candidatos apresentados pelo Chega e pela Iniciativa Liberal não passaram na votação.
Os deputados elegeram hoje a socialista Edite Estrela e o social-democrata Adão Silva para duas das quatro vice-presidências da Assembleia da República, com o ainda líder parlamentar do PSD a atingir 190 votos favoráveis em 224.
Os resultados para as vice-presidências do parlamento foram comunicados pela secretária da Assembleia da República, a deputada do PS Maria da Luz Rosinha.
Edite Estrela, deputada do PS eleita pelo círculo de Lisboa, foi reconduzida no cargo de vice-presidente da Assembleia da República, obtendo 159 votos a favor em 224 deputados votantes, 59 brancos e seis nulos.
Adão Silva, deputado do PSD eleito pelo círculo de Bragança, alcançou uma votação muito expressiva, que foi saudada com uma salva de palmas por parte de deputados de várias bancadas.
O líder parlamentar cessante social-democrata obteve 190 favor, apenas 28 brancos e seis nulos.
Diogo Pacheco Amorim e João Cotrim Figueiredo falham eleição
Os candidatos indicados pelo Chega e pela Iniciativa Liberal para vice-presidentes da Assembleia da República, Diogo Pacheco de Amorim e João Cotrim Figueiredo, respetivamente, falharam hoje a eleição para o cargo.
Depois de anunciados estes resultados, o Chega e a Iniciativa Liberal tomaram decisões diferentes.
Se por um lado, o Chega decidiu levar a uma nova votação um outro nome, o deputado Gabriel Mithá Ribeiro, a Iniciativa Liberal abdicou desta prerrogativa regimental e retirou-se desta eleição.
Quando se levantou para anunciar a decisão do Chega, o líder do partido, André Ventura, disse lamentar esta decisão, apesar de a respeitar, considerando, no entanto, que este é “um dia menos bom” para a democracia.
O Chega anunciou a intenção que já tinha anteriormente expressado de que pretendia apresentar uma nova candidatura, desta vez o deputado Gabriel Mithá Ribeiro.
Já o líder parlamentar liberal, Rodrigo Saraiva, considerou que a votação significou “a democracia a funcionar” e que o partido respeita a democracia, não deixando de lamentar que o parlamento não reconheça o trabalho de João Cotrim Figueiredo na anterior legislatura, na qual teve “zero faltas” no plenário.