Edifício do parlamento da África do Sul em risco de colapsar após incêndio

Agência Lusa , BMA-atualizada às 15:59
3 jan 2022, 10:14

Um homem de 49 anos de idade foi detido e acusado de "roubo, fogo posto" e será processado por ameaça de propriedade estatal

O incêndio que deflagrou na manhã desta segunda-feira no edifício do parlamento sul-africano na Cidade do Cabo voltou a reacender-se. Neste momento, e de acordo com as informações dos bombeiros, o complexo está em risco de colapsar.

O fogo ainda ardia nas partes mais antigas do edifício, que contém cerca de quatro mil obras de arte e património, algumas datadas do século XVII.

A biblioteca do Parlamento, com a sua coleção única de livros, parece ter sido poupada.

A extensão dos danos ainda não foi determinada, mas o edifício da Assembleia Nacional foi completamente destruído. "A maior parte dos danos está provavelmente neste edifício, que não será utilizado durante meses", disse Carelse.

O vasto edifício é constituído por três partes: um edifício que alberga a atual Assembleia Nacional, outro que alberga a Câmara Alta do Parlamento, chamado Conselho Nacional das Províncias, e a parte histórica mais antiga - onde os parlamentares se costumavam reunir.

Os presidentes das duas câmaras e os membros do Governo devem reunir-se ainda esta segunda-feira para uma avaliação inicial da situação.

O incêndio começou por volta das 05:00 (03:00 em Lisboa) de domingo na ala mais antiga, concluída em 1884, com salas cobertas de madeira preciosa.

De acordo com os primeiros elementos da investigação, o incêndio começou em duas áreas distintas. O sistema automático de extinção de incêndios foi impedido de funcionar corretamente por um abastecimento de água fechado. Um relatório deverá ser apresentado dentro de 24 horas ao Presidente do país, Cyril Ramaphosa, que visitou o local no domingo.

Um homem de 49 anos de idade foi detido e acusado de "roubo, fogo posto" e será processado por ameaça de propriedade estatal, disse a unidade de polícia de elite da África do Sul.

Deverá comparecer em tribunal esta terça-feira.

Esta é a segunda vez em menos de um ano que o parlamento é danificado, quando um incêndio rapidamente contido deflagrou em março.

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